A CTG Brasil e o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT – viabilizaram o desenvolvimento de tecnologia nacional para produção de testes de Covid-19. A técnica permitirá diagnósticos rápidos, além da expansão da oferta local de testes, com mais autonomia de distribuição e redução de custos. A produção nacional deve entregar cerca de 300 mil testes ao mês, podendo atingir volumes maiores, de acordo com a demanda do mercado.
De acordo com a companhia, a iniciativa, que contou com R$ 2 milhões em investimentos de Pesquisa e Desenvolvimento, permitiu o desenvolvimento da produção nacional do insumo chave, a proteína S recombinante do vírus SARS-CoV-2, que foi utilizado para a criação do teste ELISA (termo em inglês para Enzyme-Linked Immunosorbent Assay). Esse tipo de testagem possui sensibilidade de 91,4% e especificidade de 95,5%. Cada kit ELISA pode testar mais de 90 amostras sanguíneas ao mesmo tempo, com entrega de diagnósticos em duas a três horas. O projeto conta, ainda, com a parceria do SENAI Departamento Nacional, da Advagen Biotech, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), de Bio-Manguinhos/Fiocruz e do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (LECC) da Coppe, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em paralelo, a parceria entre a CTG Brasil e SENAI também desenvolve uma tecnologia para a produção local de testes rápidos, que fornecem diagnóstico em 20 minutos, com 91,6% de sensibilidade e 99% de especificidade, a partir de coleta sanguínea do dedo do paciente. Tanto o ELISA quanto o teste rápido verificam anticorpos tardios, ou seja, se a pessoa já foi infectada por Covid-19. A tecnologia pode, ainda, ser adaptada para verificar se a pessoa foi imunizada com vacinas para Covid-19, um cenário em que também há presença destes anticorpos no organismo.
Segundo a CTG Brasil, em sua parceria com o SENAI, estão sendo investidos R$ 8 milhões em recursos de inovação para combater a pandemia de Covid-19 no País. Além da tecnologia para produção dos testes sorológicos, o investimento financia projetos de uso de inteligência artificial para monitoramento das condições de saúde e segurança de colaboradores nas usinas da CTG Brasil e o desenvolvimento de um túnel de desinfecção com tecnologia inovadora. Nos três projetos, o montante aportado pela CTG Brasil faz parte dos recursos financeiros destinados ao Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica promovido pela Aneel.