O deputado Édio Lopes (PL-RR), presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, se posicionou a favor de uma regulação da Geração Distribuída, mas que repense o volume dos subsídios concedidos. “Tenho sido um calo na tramitação do PL 5829, entendo que já passou da hora de regulamentarmos a GD no Brasil, mas dentro de níveis aceitáveis com o mundo moderno”, afirmou o deputado Abdib Fórum 2021 – Infraestrutura para a retomada verde nesta quarta-feira, 12 de maio.

De acordo com ele, não é possível que se continue a transferir para um número crescente de consumidores os benefícios da GD. Segundo Lopes, após o lançamento do PL 5829, houve um ‘tsunami’ de implantações de conexões de GD no Brasil, o que poderá causar um efeito prejudicial ao sistema.

O deputado acompanha o processo de privatização da Eletrobras na Câmara. Para ele, um projeto de lei i em regime de urgência seria o instrumento mais adequado e também teria um trâmite acelerado. Lopes, eleito por um estado da região Norte, mostrou preocupação com a venda da estatal, devido ao alto custo da energia para cidades isoladas na Amazônia e com a garantia dos empregos. “Na MP não teremos tempo suficiente para exaurir essa discussão e encontrar pontos de equilíbrio”, revela.

Lopes contou ainda que relata o PL 1917, que tata da transição de térmicas a diesel para gás. Segundo ele, a região Norte quer o insumo, mas tem ciência das dificuldades. O parlamentar contou ter sugerido ao ministro Bento Albuquerque colocar em espera o linhão de Boa Vista – que conectaria o estado ao SIN, mas enfrenta problemas de licenciamento ambiental por passar em terras indígenas – em prol de um projeto de gás, que teria implantação mais célere, porém custo muito maior.