A Eneva encerrou os três primeiros meses do ano com lucro líquido de R$ 203,1 milhões um aumento de 13% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 2,8% para R$ 446 milhões e a margem apresentou elevação de 0,7 ponto porcentual, indo para 46,9%. A receita operacional líquida da companhia oscilou positivamente em 1,3%, alcançando R$ 951 milhões.
O cenário atual de escassez hídrica no primeiro trimestre levou a uma geração dentro e fora da ordem de mérito, conforme orientação do ONS e autorização do CMSE vigente desde outubro de 2020. A geradora explicou que para atender à demanda por energia termelétrica, principalmente nos dois primeiros meses de 2021, todas as usinas entraram em operação.
As UTEs a gás do Complexo Parnaíba foram despachadas em todo o mês de janeiro. O despacho em fevereiro se manteve bem parecido, a exceção de Parnaíba III, que despachou por aproximadamente 20 dias. Já em março, apenas Parnaíba II foi chamada a despacho por cerca de uma semana. A empresa explicou que em março, mês que naturalmente há afluência mais elevada no Norte não houve necessidade de térmicas da companhia.
Apesar desse cenário de redução das chuvas a geração de energia pela Eneva ficou 15% menor no trimestre. A produção total foi de 2.114 GWh ante 2.480 GWh do ano passado. Houve redução tanto nas térmicas a carvão quanto a gás.
Os investimentos da Eneva somaram R$ 407,4 milhões, volume 22,4% mais baixo em comparação a 2020, um dos motivos foi a realização menor de atividades sísmicas. O endividamento da empresa aumentou para R$ 5,4 bilhões, 32,7% a mais do que ao final de março de 2020. A alavancagem medida pela relação entre a dívida líquida sobre o ebitda está em 3,3 vezes.