A hidrelétrica Baixo Iguaçu (350 MW – PR) foi aprovada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no teste de black start, passando a integrar o conjunto de empreendimentos brasileiros com autorrestabelecimento, recurso estratégico e de confiabilidade ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por ter a capacidade de restabelecer importantes corredores em casos de ocorrências como apagões ou blecautes.

O primeiro teste na usina controlada pela Neoenergia foi realizado em março para avaliar o desempenho da operação em caso de perturbações sistêmicas. O ativo possui grupos motores geradores movidos a diesel, que podem ser acionados de forma autônoma para alimentar os equipamentos após um eventual blecaute, possibilitando ao Centro de Operação da empresa, localizado no Rio de Janeiro, promover remotamente o restabelecimento.

O ONS concluiu que foram atendidos todos os indicadores técnicos, conferindo um importante reforço para retomada do abastecimento de energia elétrica mais rapidamente na região Sul do país. No caso as soluções de black start servem para criar espécies de ilhas em áreas com grande importância socioeconômica e estratégicas, pré-definidas pelo Operador, as quais terão o fornecimento retomado com mais agilidade.

Na UHE Itapebi (462 MW), outra da Neoenergia com o recurso, assim como Teles Pires (1,8 GW), é possível atender uma potência de até 229 MW em caso de blecaute graças aos recursos de autorrecomposição. A usina pode fazer o pronto-restabelecimento no entorno de Porto Seguro, região com papel relevante para a economia baiana devido à presença de indústria de celulose e papel.