A Equatorial afirmou estar otimista com o processo de turnaorund e integração da CEEE-D, a concessionária de distribuição estatal do Rio Grande do Sul, distribuidora arrematada em leilão no dia 31 de março por R$ 100 mil mais dívidas. Na análise da holding que detém outras quatro distribuidoras, a metodologia de recuperação já empregada pode levar a melhores resultados. A empresa ainda não está oficialmente controlada pela Equatorial, as condições precedentes para o fechamento da transação estão em andamento.
Entre os pontos que o CEO da empresa Augusto Miranda destacou em teleconferência com analistas e investidores, na qual abordou os resultados da empresa no primeiro trimestre, está o perfil socioeconômico diferenciado da região quando comparado às demais áreas que controla.
“O que podemos observar é que a região da CEEE-D é uma área menos complexa sob diversos aspectos, é uma região onde a renda média é mais elevada do que nas nossas outras concessões e com isso tem menos consumidores enquadrados como baixa renda. Isso pode facilitar nossa metodologia na mudança da empresa, nossa expectativa depois que fizemos os contatos preliminares, aumentou”, disse. “Esse perfil diferente que encontramos por lá fará muito bem ao portfolio da Equatorial”, acrescentou.
O custeio para a CEEE-D deverá ser diferente do verificado nas outras concessionárias da Equatorial. Essa característica ainda deverá fazer com que a companhia leve mais tempo para obter resultados esperados. Apesar disso, níveis de perdas e inadimplência mais baixos são pontos positivos.
Miranda ressaltou o perfil da Equatorial de entrar em empresas em dificuldades para trabalhar sua recuperação. Ele lembrou que foi assim no Maranhão, Pará e, mais recentemente no Piauí e em Alagoas. O executivo disse que está confiante de que a cultura encontrada na CEEE-D está em um nível bom e que somado à experiência da holding que comanda, deverá acelerar o processo, sempre, acrescentou, respeitando a cultura regional.