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Com mais de R$ 1,5 bilhão de investimento e 344 MW de capacidade instalada, a EDF Renewables botou em operação total o Complexo Eólico Folha Larga Norte localizado em Campo Formoso (BA) para atender por 20 anos a demanda da petroquímica Braskem e um mix de outros contratos.

Esse é o terceiro empreendimento da companhia no Brasil e foi dividido em duas fases que totalizam 82 aerogeradores que poderiam suprir consumo de energia de aproximadamente 850 mil residências.

Segundo o CEO da EDF Renewables no Brasil, Paulo Abranches, a planta de Folha Larga Norte foi viabilizada pela contratação de venda de energia nos leilões A-4 e A-6 de 2018 e no mercado livre.

“É um mix de PPAs da fase 1 e da fase 2. Uma parte foi para o leilão regulado, outra parte para o mercado livre, onde batemos o recorde de preço mais baixo de energia do Brasil, (…) e um contrato âncora com a Braskem que permitiu viabilizar a fase 1 do projeto”.

Novos projetos
Há seis anos no país, a EDF soma 1,3 GW de projetos de energia eólica e solar. Agora a empresa estuda novas oportunidades tanto para o mercado regulado quanto livre, e cogita até vender participações em empreendimentos operacionais para financiar essa empreitada. No projeto Folha Larga Norte o financiamento foi feito via BNB e recursos próprios.

“O grupo tem vários braços. A EDF Renewables, que eu represento, o foco é eólica, solar e baterias, que ainda não temos projetos no Brasil”.

A meta agora é acelerar o crescimento em novos projetos. O executivo diz que está em busca de um modelo de negócio no Brasil que viabilize a estocagem de baterias. Fora do país, já há projetos em operação híbrida solar com baterias.

Contratos de longo prazo
Na análise de Abranches, antes de 2018, o mercado brasileiro estava mais orientado para o setor regulado. De lá para cá, o setor abriu mais o leque para o mercado livre e maior competitividade das fontes renováveis. Segundo ele, foi nesse contexto que grandes consumidores, como a Braskem, viram o interesse nesse modelo.

“Foi a primeira vez que um PPA de 20 anos foi assinado com um player como a Braskem. Até então os contratos eram bem mais curtos. Era muito difícil encontrar no mercado um comprador de energia com prazo de 5 anos ou 7 anos”.

O executivo considera que isso foi uma mudança de paradigma e acredita que contratos com o prazo maior sejam uma tendência para o futuro, já que o apelo da competitividade das renováveis tem dado confiança para alguns grandes agentes, além de proteger os grandes consumidores das questões conjunturais mais recentes que geram volatilidade de preços.

“Nos últimos 12 meses, estamos vendo o aumento de preços, crescimento da inflação e uma crise hídrica. Então há para alguns players a necessidade de controlar os custos de longo prazo e também de tentarem se proteger do impacto do preço da energia”.