A CPFL Energia está atenta ao aumento do índice de inadimplência dos consumidores no fim primeiro trimestre do ano. Em teleconferência realizada nesta sexta-feira, 14 de maio, o CEO da empresa, Gustavo Estrella, admitiu que o ano é de incerteza e volatilidade, o que justifica o alerta. “O que a gente percebe é que em abril há uma tendência de aumento de inadimplência”, explica. No trimestre, a inadimplência teve um recuo de 6,7% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Mas quando a comparação é feita com o quarto trimestre de 2020, há aumento de 2,9%.

Na expansão, a empresa vê oportunidades na transmissão. De acordo com Estrella, o setor tem se demostrado bastante competitivo, com muitos players dispostos a participar e com muitas oportunidades em leilões de LTs.  Projetos brownfield não estã descartados. Uma possível negociação envolvendo ativos da chinesa State Grid – controladora da CPFL que atua separadamente na transmissão – não está em pauta, mas respeitará as normas de mercado caso aconteça. “Não tem nenhuma sinalização que essa operação esteja para acontecer”, avisa.

A CPFL acompanha o processo de privatização da Eletrobras. O relatório preliminar sugere que agência reguladora faça leilões de energia caso um player tenha uma participação grande no mercado livre. Os contratos do Proinfa, que também estão abordados na MP que viabiliza a privatização da estatal, também estão no radar de atenção da empresa.