De olho em novas oportunidades no setor, o Grupo Energisa está analisando tanto os ativos de transmissão quanto de geração da CEEE no âmbito do processo de privatização da estatal gaúcha, em dois certames que devem acontecer no final de junho.

“No caso da CEEE G o projeto pode ser transformado, com usinas que vão deixar de ter cotas, então se tem uma nova visão sobre os ativos”, disse o CFO da companhia, Maurício Botelho, durante teleconferência ao mercado na tarde desta sexta-feira, 14 de maio.

O executivo citou alguns projetos de geração renovável que estão há um bom tempo no pipeline, como o parque eólico de Sobradinho, em desenvolvimento mas sem ter obtido sucesso ainda em alguns leilões devido aos preços, além de um parque solar na Paraíba.

“Estamos redesenhando a forma de atuação, alocando um percentual maior ao mercado livre e acredito que essa combinação junto com a comercializadora possibilite alguma oportunidade mais agressiva nesse segmento de geração”, avalia Botelho.

Na avaliação do presidente da Energisa, Ricardo Botelho, esses projetos somados a outro complexo eólico e solar, são estratégicos e possuem um fator importante que é administrar preços mais adequados perante o cenário atual de valores crescentes.

Outro motivador é que as usinas já possuem outorga e ainda contam com uma janela para utilização do desconto na Tusd, já que daqui para frente não haverá mais a isenção para esse tipo de empreendimento.

“Estamos analisando com interesse outras formas de contratação e talvez comercializar no mercado livre possa ser uma alternativa de alocação de capital, assim como os processos de privatização”, comenta.

Sobre um possível interesse no processo de desestatização da CEA, o executivo afirmou se tratar de uma operação complexa e com problemas e que há princípio não enxerga sinergia com os negócios atuais da companhia.