A Agência Nacional de Energia Elétrica adiou mais uma vez a aprovação do edital dos leilões de energia existente A-4 e A-5. Os certames estão previstos para junho desse ano e o adiamento acaba necessariamente deslocando essa previsão, caso o governo decida manter a disputa. A discussão, no entanto, está emperrada na Aneel há algumas semanas.
Os leilões A-4 e A-5 são destinados à compra de energia de termelétricas a gás natural e a carvão mineral nacional. Os empreendimentos devem substituir usinas cujos contratos tem vencimento previsto para os próximos anos.
No caso do A-4, o suprimento começa em janeiro de 2025 e termina em dezembro de 2039. No A-5, o contrato começa em janeiro de 2026 e vai até dezembro de 2040.
Há grandes empresas interessadas nos certames, como Petrobras, EDF, Raizen, Copel e Neoenergia, que apresentaram projetos nas cinco regiões do país. Foram cadastrados na Empresa de Pesquisa Energética 88 projetos únicos, sendo 70 para participação no A-4 e 79 no A-5. Eles somam mais de 40 GW de oferta.
A questão é que o governo tem considerado realizar o primeiro leilão para contratação de reserva de capacidade no fim do ano e já anunciou que vai repensar o leilão de energia nova A-6, que estava previsto para setembro desse ano. Não há nenhuma indicação em relação ao leilão de energia existente, mas os adiamentos podem sugerir que uma reavaliação também estaria sendo feita.