Sentindo novamente os impactos das medidas de restrição social para controle da pandemia, dez dos onze principais setores da economia tiveram queda no consumo de energia no Brasil, encerrando abril com retração de 2,91%, aponta levantamento mensal realizado pela Comerc Energia desde 2015. Essa é a segunda queda consecutiva no ano. Em março a demanda havia reduzido 1,26% frente ao mês anterior, seguindo o ritmo de abre e fecha das atividades econômicas.
Com exceção do setor de Siderurgia e Metalúrgica – que apresentou tímido crescimento de 1,64% – o desempenho em baixa foi influenciado principalmente pelos setores de Papel e Celulose, Têxtil, Couro e Vestuário, Veículos e Autopeças e Alimentos, com variações de 9,26%, 6,71%, 6,67% e 6,12%.
As demais categorias acompanharam os resultados negativos, porém com quedas menos acentuadas, variando entre 0,16%, em Materiais de Construção, e 3,86% para Eletromecânica.
Já na comparação anual com 2020, o consumo consolidado de abril 2021 teve alta de 26,35%, resultado que aponta para uma perspectiva animadora, sobretudo considerando as oscilações no consumo de energia nos últimos 12 meses, desde o início da disseminação do coronavírus.
Na avalição do vice-presidente do Grupo Comerc, Marcelo Avila, esse ano tende a ser mais promissor do que 2020. “Os próximos meses indicam para um cenário econômico e industrial mais otimista, com forte demanda para o setor de energia”, conclui.