O diretor-geral brasileiro da Itaipu, João Francisco Ferreira, reafirmou na última quarta-feira, 19 de maio, a intenção de reduzir a tarifa de eletricidade de Itaipu já em 2022. Segundo o general da reserva, a prioridade são os estudos sobre o barateamento e a continuidade de obras e projetos iniciados na gestão de Joaquim Silva e Luna, hoje na Petrobras.
Ferreira assumiu o cargo no momento em que estão sendo preparados os documentos técnicos para embasar a renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu. Esse documento define as bases financeiras da usina e de prestação dos serviços de eletricidade e, pelo próprio Tratado, poderá ser alterado em 2023, de acordo com o que resultar das negociações entre o governo brasileiro, via ministérios de Relações Exteriores e de Minas e Energia, e o governo paraguaio.
“Há um cenário mais simples, em que nada mudaria, ou um mais complexo, em que Itaipu se tornaria uma empresa comercial, vendendo sua energia diretamente ao mercado”, afirmou o general.
Em 2022, de acordo com o diretor-geral brasileiro, o avanço do pagamento da dívida contraída para construir a usina possibilitará a redução de dois componentes do Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse) da Itaipu: encargos financeiros e amortização dos empréstimos recebidos, que deverão estar praticamente quitados no ano seguinte. Nesse sentido, Ferreira destacou a adoção do orçamento de base zero, já em preparação neste ano de 2021.
A redução do impacto desses dois componentes do custo da eletricidade de Itaipu vai permitir que a usina entre numa nova fase, “o que vai começar a beneficiar os consumidores brasileiros e paraguaios a partir do próximo ano”, disse.