De acordo com a Fitch Ratings, os ratings da Eletrobras e das subsidiárias não foram afetados pela aprovação da MP 1.031/2021, para a privatização da empresa. A MP contempla os planos do governo federal para a privatização, que deve ocorrer por meio de oferta pública de ações. A União não participará da OPA, diminuindo sua participação nas ações ordinárias da companhia para menos de 50%, de 51,82%.

Atualmente, a Fitch equaliza os IDRs de Longo Prazo em Moedas Estrangeira e Local da Eletrobras em ‘BB-‘ com Perspectiva Negativa, com os ratings soberanos do Brasil, tendo como base a “Metodologia de Rating de Entidades Vinculadas a Governos”. A Fitch considera forte o vínculo da Eletrobras com o governo federal, devido a um incentivo de forte a muito forte para o governo apoiar a companhia, enquanto a empresa estiver sob seu controle.

Caso a privatização seja efetuada, a Fitch provavelmente avaliará a nova entidade desvinculado do rating soberano, o que pode resultar em mudanças nos IDRs da empresa. A nota da Eletrobras atualmente está em linha com um rating ‘b’, devido à geração de fluxo de caixa volátil e alta alavancagem, apesar do baixo risco de negócios e de sua relevante escala no setor de energia elétrica do Brasil.  Ainda de acordo com a Fitch, A aprovação da MP pela Câmara dos Deputados é um passo positivo para o processo de privatizações e embora tenha havido progresso por meio dos esforços do governo federal, permanecem incertezas sobre se e quando o processo será concluído e qual participação o governo federal irá manter. Várias etapas importantes ainda estão pendentes.