Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica a partir de dados da International Energy Agency Photovoltaic Power Systems Programme, o Brasil alcançou a nona posição no ranking mundial de potência adicionada anual da fonte solar fotovoltaica em 2020. O dado inclui a soma das grandes usinas centralizadas e dos pequenos sistemas distribuídos em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e no setor público que entraram em operação ao longo do último ano.
Segundo o levantamento, em 2020 o Brasil instalou 3,15 GW da fonte solar fotovoltaica, incluindo 2,53 GW em sistemas de geração distribuída e 617,6 MW em geração centralizada. Com isso, apenas no ano de 2020, o setor solar trouxe ao Brasil R$ 15,9 bilhões em novos investimentos e mais de 99 mil novos empregos. Desde 2012 até o final do ano de 2020, o Brasil acumulou R$ 42,1 bilhões em investimentos na fonte solar fotovoltaica, gerando mais de 236 mil empregos acumulados.
O ranking mundial de capacidade instalada do ano de 2020 foi liderado pela China, seguida dos Estados Unidos, Vietnã, Japão e Alemanha, com destaque para o forte crescimento do Vietnã no período. No caso brasileiro, o país já havia figurado no Top 10 uma única vez, em 2017, ocupando o 10º lugar no ranking. Em 2018, ficou na 11ª posição e em 2019 ocupou o 12° lugar.
O presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, comemorou a volta do Brasil ao ranking, mas lembrou que o Brasil, detentor de um dos maiores e melhores recursos solares do mundo, tem totais condições de assumir mais protagonismo e liderança no desenvolvimento do setor, com políticas e programas que combatam o aquecimento global e que promovam a tão desejada e necessária transição energética sustentável. De acordo com ele, o país está em vias de votar o Projeto de Lei nº 5.820/2109, que cria o marco legal da geração própria de energia renovável, que poderá trazer R$ 139 bilhões em novos investimentos ao País até 2050, além de mais de um milhão de novos empregos nos próximos anos.