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Após atingir o budget de vendas de mais de 1 bilhão de euros de faturamento em 2020, um ano afetado pela pandemia, a fabricante alemã de sistemas fotovoltaicos SMA agora planeja expansão na América Latina com um dos focos no Brasil, agora alçado à categoria de subsidiária integral.
Nos últimos anos, o grupo teve dificuldade de penetração no mercado norte-americano no antigo governo de Donald Trump por conta de barreiras tarifárias para importação de produtos. Por outro lado, os executivos se animam com os planos do novo presidente americano, Joe Biden, em investir em infraestrutura e energia renovável e o compromisso da União Europeia em estipular metas de emissões.
O novo Country Manager da companhia, André Gellers, acaba de assumir os negócios no Brasil com perspectivas de aumentar as vendas. O executivo tem longa experiência na área de sustentabilidade e chega com a missão de colocar o Brasil como um dos focos principais da corporação na América Latina.
“Apesar de todos os desafios em termos de resultados financeiros, 2020 se mostrou muito favorável e a América Latina teve uma contribuição grande nesse resultado”, diz Gellers. A região já alcançou 2,5 GW de potência em tecnologia solar fotovoltaica, puxados pelos mercados chileno e mexicano, mais maduros.
André Gellers, novo Country Manager da SMA, chega com a missão aumentar as vendas
Retomada
O ano de 2021, apesar de promissor, não deve ser fácil. No primeiro trimestre a fornecedora de inversores teve uma queda anual de 16,5% nas vendas por conta ainda da pandemia da Covid-19 e do aumento no preço de módulos fotovoltaicos, mas viu o Ebitda aumentar.
Agora a companhia busca uma retomada de lucratividade na casa dos 200% no bottom line em 2021 e “isso permitirá investimentos e reinvestimentos”. No Brasil, o caminho está mais livre. Em 2019, os investimentos em energia renovável aumentaram 74% e hoje a empresa diz que está aumentando a equipe especializada para as áreas de serviços, engenharia, vendas e finanças.
Para o futuro, a expansão em território nacional será focada na área de utility-scale, soluções integradas e maior disponibilidade de produtos, além de otimização de fluxos e faturamento a partir do Brasil, mas a produção continuará centralizada na Alemanha.
“O Brasil era uma filial do Chile agora está sendo elevado à categoria de subsidiária integral. A gente tem uma perspectiva de aumentar as vendas e já estamos aumentando o tamanho das equipes”.
Sistema híbrido
De olho no mercado de geração híbrida, ainda pouco explorado no Brasil e ainda em fase de consulta pública, a SMA estuda entrar nesse segmento assim que ganhar viabilidade regulatória no Brasil.
“A gente já tem solução tecnológica para isso, que integre outras fontes energéticas para melhor aproveitamento, otimização dos custos e inclusão social”, diz. Gellers conta que já há conversas com parceiros para projetos, mas evita dar detalhes por enquanto.