A CEO global da Engie, Catherine MaGregor, disse que a empresa deve focar suas operações em energias renováveis e infraestrutura distribuída a fim de se tornar net zero até 2045. A executiva disse que essa é uma demanda que vem de uma série de compromissos com o clima, energia disruptiva e redução de emissões.

Para isso, o grupo francês encerrará suas atividades de geração de energia a carvão até 2027, elevando sua adição de capacidade renovável de 3 GW por ano para 6 GW por ano até 2030.

A companhia já estabeleceu marcos intermediários na geração e deve reduzir a intensidade e as emissões ligadas aos produtos vendidos, alinhando o capex futuro. “Queremos sair de 31 GW para 50 GW até 2025 e para 80 GW até 2030, diz MacGregor.

Até agora, o pipeline de projetos da Engie totaliza 56 GW, principalmente energia eólica e solar onshore, solar e um pouco menos em offshore.

Redução geográfica
A executiva contou também que a Engie reestruturará suas operações, concentrando-se nas atividades principais em menos de 30 países até 2023 – eram 78 países em 2018 – e simplificar sua organização de 25 unidades de negócios para quatro unidades de negócios globais.

“O Brasil continuará nas prioridades da companhia. É um país que tem forte presença em energias renováveis, onde queremos crescer”, afirma a executiva que participou do CEO Conference do BTG Pactual realizado nesta quarta-feira, 26 de maio.