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Com o Brasil figurando entre os dez países que mais consomem eletricidade no mundo, é natural que parte desse volume lançado a rede tenha sua parcela de desperdício, que podem acontecer por diversos fatores durante o processo de conversão energética e entrega para o consumidor, passando por questões como roubos, perdas, eficiência e até por exemplo a leitura inteligente de uma conta de energia, caso de uma startup paulista que em junho do ano passado começou a lançar sua solução no mercado.

A ideia da Lead Energy é guiar o cliente para a melhor economia, de preferência sem desembolso inicial, apresentando os caminhos através da leitura óptica e tradução da conta de luz, em ações que podem envolver redução de custo a partir de demanda contratada, alteração tarifária, ou ainda diminuindo multas por excedente de energia reativa e vias como o mercado livre, geração solar, eficiência energética, crédito de ICMS, entre uma série de questões derivadas.

O sistema foi implementado num primeiro momento para clientes das 24 cidades atendidas pela Enel no estado de São Paulo e lê todas informações, processa os cálculos e verifica o perfil do consumidor para ao final de no máximo um minuto mostrar todas possibilidades, trabalhando com um mínimo de 10% e em média 20% de economia, que pode chegar a até 95% com a instalação de painéis solares na baixa tensão, cujo retorno de investimento é melhor.

“As empresas do setor é martelo procurando prego, cada uma chega vendendo sua solução e falando para o consumidor migrar para o mercado livre, outra em eficiência energética e assim vai. Aqui o negócio é o cliente escolher o que lhe fará mais sentido”, comenta Raphael Ruffato, fundador e CEO da Lead, afirmando que mesmo trabalhando por 12 anos no setor de energia não entendia direito as informações complexas da conta.

Raphael Ruffato (sentado), Yuri Spacov (em pé) e Edvin Assis (celular) integram o time da Lead Energy

O lançamento inicial foi feito com capital próprio e aporte dos mentores e investidores Jean Albino e Verônica Cavalcante, visando testar e comprovar a funcionalidade da aplicação, destinada a empresas com gastos energéticos acima de R$ 5 mil. Até o momento são 16 clientes firmados até maio e 44 propostas enviadas, devendo encerrar junho com mais 20 acordos, tendo como meta atingir 100 clientes até o final do ano.

“Nosso nicho é indústria e supermercados com um mínimo de 20 funcionários e mais de R$ 5 milhões de faturamento por ano”, afirma Raphael, justificando a escolha do público-alvo por entender a dor de um consumidor industrial preocupado não só com redução de custo mas também eficiência energética, para saber qual máquina está com defeito e salvar até uma produção.

Em um caso demonstrado para a reportagem, a economia total para uma conta de R$ 30.500,00 por mês seria de 14% sem desembolsos, com 3% vindo de equipamentos, 10% na redução em kWh e mais 1% adequando um parâmetro contratual com a distribuidora, provavelmente questão de demanda.

“Quando há necessidade de desembolso inicial encaminhamos para nossos parceiros ajudarem na avaliação de alternativas para que a empresa obtenha a economia, com o pagamento acontecendo após a redução dos custos em sua conta”, explica o Raphael, citando a Blue Sol e a Roffel como alguns de seus parceiros, além da 2W Energia para o mercado livre.

A procura por redução de gastos com soluções sustentáveis se acentuou ainda mais com a pandemia, com as empresas sendo cautelosas e avaliando economia em todos processos. Quando comparado com o semestre anterior, o CEO disse que o crescimento é de 33% na procura pelas soluções e que a intenção da startup é buscar novos investidores para escalar o negócio, que conta também com Edvin Assis, responsável pela área operacional, e Yuri Spacov, responsável pela área comercial.

“O momento do mercado é de realizar investimentos pontuais e economizar o máximo que puder, até por isso nossa estimativa é de faturar R$ 1 milhão até o fim do ano e expandir nossa atuação para todo Brasil até o segundo semestre de 2022”, finaliza Raphael Ruffato.