O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social financiará a implantação do parque eólico Santa Martina 9, nos municípios de Riachuelo, Bento Fernandes, Caiçara do Rio do Vento e Ruy Barbosa, no Rio Grande do Norte. Com 63 MW de capacidade instalada, a unidade poderá gerar energia limpa e sustentável equivalente ao consumo de 130 mil residências. Santa Martina 9 compõe o Complexo Eólico Rio do Vento, o maior complexo eólico do mundo. A implantação do parque gerará cerca de 350 empregos diretos e indiretos e tem como perspectiva o aumento da renda familiar da população local. A quantidade corresponde a mais de 10% do total de 3.480 de pessoal ocupado nos quatro municípios em 2018, de acordo com dados do IBGE.
De acordo com o diretor de Crédito e Garantia do BNDES, Petrônio Cançado, O financiamento ao parque eólico Ventos de Santa Martina demonstra o compromisso do BNDES em apoiar uma matriz de energia limpa no Brasil, com mais 63 MW de potência, a entrar em operação em 2022.
O financiamento, no valor de R$ 216,7 milhões, será concedido à Sociedade de Propósito Específico Ventos de Santa Artur Energias Renováveis S.A., que pertence ao grupo econômico Casa dos Ventos, no âmbito do BNDES Finem. Os recursos correspondem a 76% do valor total de R$ 284,8 milhões do investimento. A previsão é de que o parque entre em operação até dezembro de 2021. O primeiro aerogerador entrou na fase de testes em maio.
Para a a superintendente de Energia do BNDES, Carla Primavera, o apoio do BNDES ao projeto ilustra bem a estratégia do Banco para o setor elétrico, combinando o investimento em fontes renováveis com o desenvolvimento do mercado livre de energia, que é o ambiente onde consumidores comprometidos com metas ESG, geradores de energia renovável competitivos e investidores em busca de ativos sustentáveis podem se encontrar, catalisando um ciclo virtuoso de desenvolvimento de energias limpas no Brasil. O diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, também lembra que a construção do complexo Rio do Vento já traz transformações positivas visíveis para a realidade local. Segundo ele, estão sendo criadas oportunidades que começam com a priorização de contratação de trabalhadores locais e geram um movimento com efeito multiplicador de riqueza e de capital humano.
Os investimentos do BNDES em geração estão alinhados ao esforço do Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas para redução das emissões de gases de efeito estufa. O Plano também busca manter elevada a participação de energia renovável na matriz elétrica, preservando posição de destaque que o Brasil sempre ocupou no cenário internacional. O esforço do Banco também vai ao encontro do Plano Nacional de Energia 2030, do Governo Federal, com estratégias para expansão de energia econômica e sustentável pelos próximos dez anos.