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O Fórum das Associações do Setor Elétrico ainda não discutiu o agravamento da crise hídrica, o que pode ocorrer na reunião do próximo dia 10 de junho, mas existe preocupação no setor de como esse processo será conduzido nos próximos meses. Falta uma operação coordenada, que na avaliação do presidente do Fórum, Mário Menel, deveria ser feita pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, mas há dúvidas se ela é eficaz, porque quando as reuniões do colegiado acabam cada integrante volta para a sua organização.

“Acho que está faltando governança. A situação é séria, não tenho nenhuma dúvida”, disse Menel, ao comentar o cenário hidrológico atual. O executivo acredita que a melhor estratégia seria o governo fazer uma divulgação ampla da situação do sistema elétrico para a sociedade, explicando as consequências do pior período de chuvas do histórico de 91 anos para os reservatórios das hidrelétricas.

Em 2001, quando a crise hídrica levou ao racionamento de energia, a única maneira de ter uma atuação mais firme no processo foi com a criação de um comitê de gestão com superpoderes, lembrou o dirigente do Fase. O grupo era coordenado por Pedro Parente, então ministro chefe da Casa Civil do governo Fernando Henrique Cardoso.

O tema crise hídrica tem sido discutido na Academia Nacional de Engenharia, com especialistas como o ex-diretor da Agencia Nacional de Energia Elétrica Jerson Kelman. O também ex-presidente da Agência Nacional de Águas é conhecido por elaborar um relatório amplo com um diagnóstico da situação que levou ao racionamento de 2001/2002.

No momento atual, parte das associações do Fase está concentrada no debate da Medida Provisória 1031, que está no Senado. Dez entidades do setor devem solicitar reuniões com senadores, onde pretendem apresentar informações sobre os impactos para o consumidor do projeto de conversão da MP da Eletrobras.

Menel acredita que na próxima reunião do Fórum as associações setoriais devem fechar um conjunto de propostas a serem apresentadas ao ministro Bento Albuquerque sobre a gestão da crise.