O engenheiro Lener Jayme, atual presidente da CelgPar e da Celg GT, deixa o comando das empresas nesta terça-feira, 1º de junho. A decisão, de caráter estritamente pessoal, em função de uma proposta do mundo corporativo para que ele assuma um novo desafio em empresa sediada no Nordeste brasileiro, já foi comunicada ao acionista majoritário da empresa, o estado de Goiás, em reunião realizada na semana retrasada com o governador Ronaldo Caiado. O atual vice-presidente da CelgPAR e Celg GT, José Fernando Navarrete Pena assume interinamente e de forma cumulativa as presidências das empresas. Em 2011, ele assumiu a Diretoria Financeira da Celg-D e em 2012, as presidências da Celg GT e CelgPar até dezembro de 2016, quando assumiu a Secretaria da Fazenda de Goiás. Desde o início da administração Ronaldo Caiado, Navarrete é o vice-presidente.

Formado em engenharia elétrica, com ênfase em eletrônica e telecomunicações, Lener Silva Jayme tornou-se um profissional renomado no mercado brasileiro, tendo ocupado importantes diretorias executivas na Brasil Telecom, na Oi e na CEB, onde chegou à presidência da empresa, antes de ser convidado pelo acionista majoritário da CelgPar, para presidir a empresa.

Tendo assumido a presidência da empresa em abril de 2019, Lener Jayme adotou medidas de contenção de gastos, modernização de métodos operacionais, e direcionou o foco para as atividades finalísticas da empresa. A companhia fechou 2019 com lucro líquido de R$ 71,1 milhões, valor 21,4% maior que o do ano anterior, quando o resultado ficou em R$ 58,5 milhões. Esse lucro líquido de R$ 71,1 milhões foi repassado integralmente ao acionista majoritário da Celg GT, o Governo do Estado de Goiás, algo, até então, inédito. Isto propiciou ao Tesouro Estadual o investimento em projetos de recuperação de estradas de forte impacto na segurança viária e de grande importância para um estado de tradição no agronegócio e que necessita de rodovias em boas condições para escoamento de sua produção.

Em 2020 mais uma vez, a Celg GT registrou resultados expressivos, e não somente pelo lucro líquido de R$ 165,64 milhões, 133% maior que o registrado no ano anterior, mas também por ter se destacado como o ente com participação do poder público com maior transparência do estado de Goiás. E a isto se soma a capacidade de ter entregado diversas obras como, por exemplo, as das SEs Xavantes, Carajás e Anhanguera, além de iniciadas as obras de modernização na UHE São Domingos e UHE Rochedo que, no ano, corresponderam a investimentos na ordem de R$ 59,67 milhões.

A companhia foi avaliada por duas empresas independentes e atingiu a estimativa de mercado de R$ 1,53 bilhões, como valor mínimo do seu processo de desestatização. Em setembro de 2019 ela havia sido cotada com o valor de R$ 1,08 bilhões, o que demonstra a sua valorização em curto espaço de tempo.