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Em um mês de operação, a Sunny Store, empresa especializada na distribuição de soluções para o segmento solar, já capitalizou R$ 2 bilhões em funding para o financiamento de instalações de usuários finais do setor privado.

Um dos focos de atuação da empresa é o setor agro. Especificamente as operações do tipo barter, que é quando os agricultores permutam safras por produtos e serviços. A atividade é bastante praticada e regulada em outros setores da economia, mas é relativamente nova no setor solar. Esse modelo de negócio visa difundir a energia solar entre os empresários do meio rural, cujas contas de energia têm um peso significativo nas despesas.

O CEO da Sunny Store, Hugo Albuquerque, conta que apesar de a empresa ser nova no mercado, ele já é um veterano dos negócios. Com passagens por grandes fabricantes como Kyocera e Canadian Solar, Hugo viu a oportunidade de abrir o próprio negócio e explorar esse mercado oferecendo uma nova modalidade de financiamento para a construção de usinas solares. Os equipamentos fotovoltaicos são importados da China.

“A gente comprou um CNPJ no mercado, mudou o contrato social para a Sunny. A operação comercial tem pouco mais de um mês e a gente já vendeu R$ 6 milhões e temos mais de R$180 milhões em orçamento na plataforma”, diz Albuquerque.


Sunny Store: venda de equipamentos fotovoltaicos com pagamento em safras futuras

Foco no rural
A empresa chega ao mercado em meio ao boom de instalações solares de até 5 MW, conhecidas como geração distribuída (GD), que poderiam atender boa parte dos empresários do setor agro que têm equipamentos, como irrigantes, silos e outros maquinários de alto consumo de energia.

Hoje o setor do agronegócio responde por quase 27% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo Hugo, os segmentos de irrigação, beneficiamento e transformação e armazenagem consomem muita energia e são um custo ao produtor rural que pode ser reduzido na conta de energia.

Albuquerque conta que os pivôs – instalações utilizadas para irrigar a plantação – poderiam ser movidos com energia solar sem comprometer a rede da distribuidora. “Temos cerca de 25 mil pivôs instalados no Brasil que consomem em média 600 KW”.

O executivo conta que boa parte desses empresários rurais está no mercado cativo e para não sobrecarregar a concessionária de energia, só podem utilizar os pivôs em uma determinada faixa de horário fora do pico de consumo. Entretanto, com a geração própria, o produtor rural poderia utilizar os equipamentos no horário que fosse mais conveniente.

Ele disse que a Sunny Store fechou recentemente uma parceria com a BR5 Investimentos que permite atender uma demanda total de R$ 2 bilhões no setor agrícola, visando subsidiar a aquisição de tecnologia por empreendimentos de médio e grande porte, em vários segmentos da economia.

“Esse é um dinheiro carimbado. Esse orçamento está disponível para fazer leasing operacional [em até 20 anos]” ou seja, um capital vinculado a um fim específico. Já para fazer a construção de usinas com pagamento em safra é um pouco diferente. “A gente pode fazer isso em até três anos. Se considerar que são duas safras por ano, são seis safras e as taxas dependem do tipo de commodity”.