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Marcado para os dias 29 e 30 de junho, o leilão para compra de Geração Distribuída que a 2W vai promover acontecerá sob o signo da inovação e de pioneirismo. O certame será um dos primeiros realizados por uma comercializadora de energia e pretende contratar até 100 MW. Guilherme Moya, vice-presidente comercial e de Marketing da 2W, conta que o leilão servirá para potencializar projetos ligados a grupos, fundos de investimentos e desenvolvedores, que se aproximaram da comercializadora após a incursão pela GD.
“Eles querem ter o ativo de geração, mas não querem ter o business de comercialização, porque para vender pulverizado uma planta de 5 MW, precisa de pelo menos 300 a 500 clientes por planta”, explica. A busca será por cinco mil a dez mil clientes ao longo dos próximos 12 meses. O edital do leilão está disponivel neste link.
A 2W fará toda a parte de gestão, como back office, conexão com distribuidora local, apuração dos créditos, faturas e cobranças. “Tem vários grupos que não querem esse tipo de trabalho, querem só ter o ativo e o retorno garantido. Eles estão buscando a 2W para fazer como se fosse um PPA com eles”, avisa Moya. A 2W vai atuar como o marketplace, alugando a capacidade de um lado e no outro a vendendo para os clientes, fazendo a comercialização da energia da usina. “Ele só precisa colocar o parque de pé e a gente se compromete a pagar a geração do parque dele”, revela.
Serão ofertados dez produtos para o período de suprimento de sete anos renováveis por mais sete. Os projetos deverão abranger as áreas das distribuidoras Enel SP, Enel RJ, Light, CPFL Paulista, CPFL Piratininga, Coelba, Celpe, Enel CE, Equatorial Maranhão, Equatorial Pará, Energisa Mato Grosso e Energisa Mato Grosso do Sul.
O leilão será realizado em duas fases. Na fase aberta, os habilitados deverão efetuar lances de quantidade e de preço, nos produtos em que foram habilitados. O lance de quantidade deverá ser único e não poderá ser inferior a 1 MW. Já os lances de preço deverão ser múltiplos de R$ 0,25/MW. Após a inclusão do preço registrado em R$/MW por mês, a plataforma exibirá uma mensagem de recebimento do lance para a proponente, que deverá confirmar a proposta para que ela seja registrada.
A ideia é que a 2W vire uma referência nesse tipo de leilão. Moya coloca como desafio o desconhecimento sobre a realização do certame. “Precisamos que eles conheçam para participar, porque os termos do contrato são padrões de mercado, o preço vai ser negociado bilateralmente no leilão”, comenta. Ainda de acordo com o executivo, os proponentes poderão dar lances que forem melhores para os seus projetos.
Na última semana, a 2W lançou sua plataforma de geração distribuída. O Wave vai atuar como um marketplace de créditos de GD, onde empresas ou pessoas físicas poderão aderir como consorciadas ou cooperadas dos centros de geração distribuída compartilhada da 2W.
Para o CEO da 2W Energia, Claudio Ribeiro, o leilão da GD faz parte de um movimento que posiciona a empresa cada vez mais como uma plataforma integrada muito voltada para o novo consumidor do novo setor elétrico. “Temos um planejamento para oferecer mais serviços ao consumidor, mas esse leilão de GD complementa a nossa vocação comercial”, aponta.