A alta de 1,78% no grupo habitação na composição do IPCA de maio veio principalmente do resultado da variação de 5,37% em energia elétrica, o maior impacto individual no índice do mês, de 0,23 ponto percentual. De acordo com o IBGE, em maio passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. O IPCA de maio ficou em 0,83%, 0,52 ponto percentual acima da taxa de abril, de 0,31%. O resultado foi o maior para o mês desde 1996, quando marcou 1,22%. O acumulado no ano é de 3,22%, e o dos últimos 12 meses, de 8,06%, acima dos 6,76% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2020, a taxa havia sido negativa em 0,38%.
Ainda de acordo com o IBGE, entre janeiro e abril, estava em vigor a bandeira amarela, cujo acréscimo é menor, de R$ 1,343 a cada 100 kWh. Outro fator apontado foram os reajustes em várias regiões no fim de abril.