A Siemens Gamesa lançou na última quarta-feira, 09 de junho, um documento chamado Unlocking the Green Hydrogen Revolution que estabelece um plano para produzir hidrogênio verde a partir da eólica onshore até 2030 e a partir da eólica offshore até 2035.

Para isso, a companhia defende um aumento significativo da capacidade das energias renováveis, já que a revolução do hidrogênio verde depende disso. Segundo a empresa, o mundo precisa de mais de 6.000 GW de nova capacidade de energia renovável instalada até 2050, ante os 2.800 GW atuais, para gerar a demanda esperada para hidrogênio, que é de 500 milhões de toneladas, de acordo com o Conselho de Hidrogênio.

A empresa defende ainda a criação de um mercado de hidrogênio verde que atenda a demanda e tenha custo-benefício. Atualmente, o principal custo operacional para a produção de hidrogênio verde é alimentar os eletrolisadores. Outro ponto é o desenvolvimento de uma cadeia de fornecedores de forma que nenhum deles possa ser proprietário de todo o processo de produção e distribuição.

Por fim, a Siemens Gamesa diz que é preciso construir uma infraestrutura correta em termos de logística, armazenamento e distribuição. O investimento em redes de hidrogênio é necessário para liberar o potencial do hidrogênio verde.

De acordo com o CEO da Siemens Gamesa, Andreas Nauen, “foram necessárias três décadas para a energia eólica e solar atingirem a paridade da rede com os combustíveis fósseis, e não podemos esperar tanto tempo para que o hidrogênio verde alcance a igualdade de preço com aquele de base fóssil. O vento desempenhará um papel poderoso na aceleração da produção de hidrogênio verde, então precisamos reduzir os custos rapidamente”, disse em nota.