O relator da Medida Provisória 1031, sobre a capitalização da Eletrobras, no Senado, Marcos Rogério (DEM-RO), disse que o atual contexto de escassez hídrica nos reservatórios das usinas relembra que as térmicas a gás que estavam no projeto inicial aprovado pela Câmara dos Deputados podem ter um papel importante na composição dos preços da energia para o consumidor.

“Estamos num momento de escassez de água nos reservatórios das usinas, o que nos relembra as térmicas a gás previstas no projeto que veio da Câmara dos Deputados – e aqui já estou mencionando inovações introduzidas pelos deputados federais no relatório que chega ao Senado – e com essa modelagem, portanto, energia mais barata e menos poluente”, disse o senador, que participou de evento na noite desta quinta-feira, 10 de junho.

Segundo o parlamentar, essa energia servirá para a transição para um modelo que será menos dependente de chuvas. “Hoje nós estamos numa situação que demanda despacho de térmicas, importação”.

Entretanto, o ponto mencionado por Rogério é motivo de polêmica, já que diversas entidades são contra e questionam a compra obrigatória de energia térmica, pois isso traria custo adicional ao consumidor.

Segundo o relator, o modelo prevê ainda que além de capitalizar a empresa, a privatização deve transformar a Eletrobras numa corporação mediante ao aumento do capital social sem permitir o exercício de votos de acionistas individuais ou em grupo superior a 10% do total de ações, evitando o controle da empresa.