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Na busca por atender as metas de sustentabilidade tenho no horizonte o ano de 2030, até o final do ano fiscal, a Hitachi ABB Power Grids, multinacional especializada em tecnologia para redes elétricas, vai usar apenas eletricidade 100% livre de combustíveis fósseis em suas operações.
A meta foi estabelecida no plano global da companhia, que se chama Sustentabilidade 2030 e se baseia principalmente nos pilares dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Ao que parece, a operação no Brasil parece estar se adequando ao estabelecer marcos intermediários com metas de eletrificação e descarbonização.
O Country Managing Director da Hitachi ABB Power Grids no Brasil, José Paiva, cita uma série de ações de sustentabilidade que a empresa já está adotando e acredita que as metas de reduzir a pegada de carbono vão ser alcançadas principalmente no sistema energético da companhia. A energia consumida pela Hitachi ABB Power Grids soma 17 mil MWh por ano e vem do mercado livre para as duas fábricas que ficam em Blumenau (SC) e em Guarulhos (SP).
“Em Blumenau, nós temos um contrato de utilização 100% de energia incentivada de eólicas e solares. O acordo é com a Engie. Em Guarulhos ainda temos o fornecimento de energia convencional”.
Ciente do impacto da operação no ambiente, o executivo diz que faz a compra de títulos verdes que garantem que a energia não tenha origem em combustíveis fósseis. “Compramos os certificados de energia renovável [I-REC – International Renewable Energy Certificates], que garantem que essa energia também venha de fontes renováveis”.
Próximos passos
O caminho é longo até 2030, mas até lá a empresa estabeleceu marcos intermediários. A próxima meta para se tornar neutra em carbono em 2023 é que o contrato da fábrica de Guarulhos seja totalmente de energias renováveis não convencionais. O plano Sustentabilidade 2030 é baseado em quatro pilares: Planeta, Pessoas, Paz e Parceria e se baseia nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
A empresa precisa avançar ainda na questão da equidade de gênero e por isso introduziu a visão de Diversidade 360. Hoje, cerca de 1250 funcionários atuam no Brasil e as mulheres representam 18% no quadro geral e “nós temos o objetivo de até 2025 chegar a 25%”, diz.
“Já exigimos que alguns de nossos parceiros e fornecedores tenham em seu quadro o número de mulheres relevante”.
Operações periféricas
Hoje, o consumo das plantas da companhia já é de energias renováveis e a operação não utiliza combustíveis fósseis, exceto geradores de emergência, bombas e empilhadeiras e a cozinha que usa o gás GLP. Todavia, o executivo afirma que a empresa já está em processo de transição.
“O objetivo é que até o final do ano fiscal de 2021 possamos transformar as empilhadeiras em elétricas e estamos estudando um sistema de captação solar para aquecimento de chuveiros e cozinha”, diz Paiva.
Obviamente, para que a empresa dê mais esse passo rumo à redução de sua pegada, ela terá que fazer um investimento nessa transição, mas isso ainda não está no radar do executivo, assim como os veículos convencionais que utilizam etanol e gasolina.