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Não era para ser um trabalho em tempo integral, mas já se tornou o foco principal do engenheiro Vinicius Ferraz. Ele é o CEO e um dos fundadores da Solar21, startup de energia solar que nasceu em 2017 para atender consumidores residenciais, mas dividia o tempo como empreendedor e funcionário público da Telebras (Telecomunicações Brasileiras S.A.).
Até pouco tempo, a companhia trabalhava só com condomínios residenciais verticais, já que ainda não tinha uma estrutura capaz de responder às necessidades de casas residenciais. Em 2020, veio a decisão de trabalhar full time só na Solar21, agora com foco total no segmento residencial.
A ideia é oferecer planos de assinatura de energia solar para quem reside em casa através de contratação 100% digital e sem a necessidade de compra ou financiamento dos equipamentos. Esse modelo de negócio consiste na instalação e manutenção de um sistema de geração solar a partir do pagamento mensal do consumidor por assinatura. A startup promete ainda uma economia de cerca de 30% na conta de luz.
“O consumidor não precisa investir no equipamento. Cuidamos de toda a cadeia do processo e prestação de serviços. E tudo isso de maneira digital por assinatura com foco na experiência do cliente”, diz Ferraz.
O executivo conta que o consumidor se enquadra nesse sistema a partir de uma conta de energia de R$250,00 e morar em uma casa. Faz poucas semanas que o negócio começou a girar de fato e eles já estão no sexto contrato e cerca de 300 clientes em lista de espera.
Expansão
O objetivo agora é crescer a operação em Campinas e outros municípios de São Paulo. Para isso, a empresa abriu uma rodada de capital-semente em busca de recursos para sustentar a expansão para a contratação de um time de especialistas, desenvolvimento de tecnologia e compra de equipamentos.
Essa oferta pública via crowdfunding na SMU Investimentos e quer levantar R$ 2,9 milhões em troca de 13% de equity (participação societária) para expansão na empresa. No momento, eles estão com R$ 2,2 milhões de reserva.
“Para o futuro, pensamos em oferecer dois produtos ao cliente, assinatura ou financiamento, além da prestação de serviço. São as fontes de receita que enxergamos em médio e longo prazo”.
Oferta pública via crowdfunding
Essa é a terceira vez que Solar 21 participa de uma oferta pública via crowdfunding. A primeira, em 2018, captou cerca de R$ 500 mil pela plataforma do Kria. Na segunda, em 2020, a empresa levantou R$ 1,2 milhão pela Bloxs através de uma SPE (Sociedade com Propósito Específico) criada para comprar usinas solares. Nessa operação, os investidores são remunerados mensalmente através dos aluguéis dos equipamentos. “A ideia é fomentar essas empresas emergentes que têm ideias disruptivas para que elas captem no mercado”.
Esse tipo de operação é regulamentada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e o investimento mínimo é de R$ 5 mil, permitindo que o investidor tenha uma porcentagem da empresa, como se fossem ações. “Estamos no oitavo mês de pagamento de dividendos”.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Crowdfunding de Investimento (Crowdinvest), Rodrigo Carneiro, em 2019 foram 68 companhias beneficiadas por essa modalidade de investimentos, já no ano passado esse número cresceu para 132 empresas beneficiadas com sucesso nas rodadas.