A geração eólica no Brasil bateu a marca de 19 GW de capacidade instalada, o que representa 10% da matriz elétrica nacional. De acordo com dados apresentados pela Associação Brasileira da Energia Eólica (Abeeólica), são 726 parques e mais de 8.500 aerogeradores em operação. Há uma década, o segmento ainda contava com pouco mais de 1,5 GW de capacidade e hoje é a segunda maior, ficando atrás apenas da geração hidrelétrica.
Segundo a previsão da Abeeólica, o Brasil deve ter cerca de 30,2 GW de potência instalada em 2024. Em média, no ano passado, 9,97% de toda a geração injetada no Sistema Interligado Nacional (SIN) veio de eólicas, sendo que elas já chegaram a abastecer 17% do País.
Em 2020, o Brasil manteve a sétima posição no Ranking Mundial do GWEC (Global Wind Energy Council) e, considerando a capacidade nova instalada no ano passado, o Brasil foi o terceiro País que mais instalou energia eólica.
O que explica esse forte crescimento do setor no Brasil é que, segundo a Abeeólica, o Brasil tem um fator de capacidade acima da média mundial. No ano passado, por exemplo, o fator de capacidade no Brasil foi de 40,6%, sendo que chegamos a registrar mês de média com 59% durante a safra dos ventos. A média mundial é de cerca de 35%.
“No ano passado, a eólica foi a fonte que mais cresceu, sendo responsável por 43,17% da nova capacidade instalada total adicionada à matriz. Todos estes números mostram não apenas um setor consolidado, mas demonstram que a energia eólica tem um futuro promissor no Brasil”, diz Elbia Gannoum, Presidente Executiva da ABeeólica.