A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou o pedido para abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre supostas irregularidades cometidas pela gestão da Cemig desde 2019, primeiro ano do governo de Romeu Zema (Novo).

O pedido é de autoria do deputado estadual Professor Cleiton (PSB). Segundo o deputado, a falta de transparência na administração da companhia pode ter mascarado prejuízos de quase 1 bilhão de reais apenas em operações que envolvem a Cemig, Taesa, Light (RJ) e Renova (SP).

“A desidratação da empresa com prejuízos que podem ser exorbitantes no que diz respeito à venda da Renova, a venda da participação da Cemig na Light, e essa tentativa agora de se vender a participação da Cemig na Taesa tem demonstrado que a ‘paulistanização’ da nossa companhia energética não pode ficar impune”, disse.

Segundo o parlamentar, entre os “prejuízos bilionários” levantados estão contratações diretas realizadas sem a prévia realização de licitação de serviços de consultoria e assessoramento técnico, tanto pela Cemig como pelas suas subsidiárias.

“A desidratação da empresa com prejuízos que podem ser exorbitantes no que diz respeito à venda da Renova a venda da participação da Cemig, na Light e essa tentativa agora de se vender a participação da Cemig na Taesa”, deputado estadual Professor Cleiton (PSB)

Professor Cleiton disse ainda ter provas de irregularidades e argumenta que essa desidratação na companhia é proposital a fim de gerar um “desconforto na população” e justificar a venda da companhia. O governador Romeu Zema afirmou em abril querer privatizar Cemig até o final de sua gestão.

O documento foi assinado por 27 dos 77 deputados, o que supera a exigência da subscrição de um terço da Casa. Agora a Assembleia de Minas terá cinco dias para nomear a comissão que conduzirá os trabalhos.