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A Órigo Energia, especializada em geração compartilhada e que atua no fomento à formação e na gestão de cooperativas para consumidores da base da pirâmide social, projeta chegar ao final deste ano com pelo menos 100 MW em fazendas solares instaladas em Minas Gerais, praticamente dobrando a potência atual, de 56 MW entre 14 usinas.

Em entrevista à Agência CanalEnergia, o Diretor Geral, Rodolfo Molinari deixou claro o público-alvo da empresa e que a pandemia, além de trazer a questão de necessidade econômica com eletricidade, impulsionou a companhia a acelerar seus processos de digitalização e focar em clientes residenciais e pequenos comércios de rua, analisando também a expansão de sua operação para outros estados.

“As boas empresas fazem desses momentos uma oportunidade. Investimos em software, tecnologia e criamos um produto fácil para as pessoas aderirem e obterem ganhos em relação ao que pagam atualmente para as distribuidoras”, define o executivo.

A Órigo surgiu em 2010 com sócios ligados a investimentos de impactos socioambientais, atendendo a um consumo per capita até menor que a média residencial nacional, que quando recebe uma redução de 15% na fatura de energia acaba sentindo muito mais do que um grande consumidor.

“Não temos 1 MW dedicado a grandes empresas no autoconsumo remoto. Sempre tivemos a tese de ir para o pequeno consumidor, que hoje pode aderir a uma cooperativa diretamente pelo site”, conta Molinari, destacando uma parceria envolvendo biogás de aterro no Pernambuco, também com planos de assinatura mensal e iniciada em 2019.

Segundo o diretor, um dos desafios atuais é criar uma categoria de mercado, explicando o negócio e sua viabilidade para ajudar as famílias no momento de crise e assim aumentar a representatividade do segmento, que hoje é de aproximadamente 0,7% na matriz elétrica nacional.

“Queremos chegar a 20 mil clientes no curto prazo”, ambiciona, citando três processos de captação de investimentos, o último de R$ 106 milhões com o fundo Blue like an Orange Sustainable Capital, a partir de impactos socioambientais.

Órigo possui 14 fazendas solares e pretende agregar pelo menos 44 MW até o fim do ano

Já para expandir o crescimento das cooperativas a empresa conseguiu levantar recursos no mercado de capitais por meio de emissões de dois títulos verdes globais, o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e o Fundo de Internacional de Direitos Creditórios (FIDIC), basicamente direcionados para construção de novas fazendas solares e no esforço comercial da marca para levar sua mensagem e serviços a um maior número de clientes.

Até então o negócio envolvendo painéis solares em Minas Gerais e biogás em Pernambuco promoveu economia superior a R$ 20 milhões nas contas de energia de 15 mil consumidores, fator que representa importante incremento para as rendas familiares, especialmente no momento desafiador de crise, além de representar um incentivo para os municípios que percebem a movimentação na economia local para além das pessoas diretamente beneficiadas.

“Os recursos acabam retornando ao próprio município por um efeito de segunda ordem, o que é importante sobretudo num estado como Minas Gerais, com muitas regiões que dependem do repasse de verbas estaduais para suas sustentabilidades”, explica Molinari.

A Órigo também divulgou recentemente seus indicadores sociais e ambientais, apontando que desde o início da operação em Minas Gerais, que data 2017, mais de 8 mil toneladas de CO2 foram evitadas junto à atmosfera, o que equivale quase 60 mil árvores plantadas.

Quanto a outras novidades, Rodolfo finalizou afirmando que em breve a companhia irá agregar novos serviços, algo para o curto prazo, deixando os detalhes para quando a iniciativa for concretizada.