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O projeto de P&D entre a Engie, WEG e Celesc para o desenvolvimento de um aerogerador nacional está em sua fase final. As empresas iniciaram a montagem do equipamento no município de Tubarão (SC). Projetado e montado no Brasil, o projeto tem o objetivo de desenvolver tecnologia e cadeia produtiva nacional para a fabricação local, a participação de conteúdo nacional está em 70% e faz parte do projeto de P&D da Aneel.

Este aerogerador estava originalmente projetado para ser feito na plataforma 3x, de equipamentos com cerca de 3 MW. Mas, diante do aumento da dimensão da maioria dos concorrentes entrarem na casa de 4 MW a opção foi por aumentar a sua proporção e estar no padrão da indústria. Segundo o o diretor de Novos Negócios, Estratégia e Inovação da Engie Brasil Energia, Guilherme Ferrari, o nível de conteúdo local é de 70% e o importado de 30%, nesse grupo estão componentes eletrônicos. O equipamento fica a 600 metros de outra torre de uma primeira fase do projeto, este de 2,1 MW fabricado pela WEG no Brasil e que está em operação desde 2015.

Entre os destaques do novo aerogerador está o acoplamento direto, com gerador síncrono de ímãs permanentes e conversor de potência plena. A fabricação dos segmentos da torre de concreto com mais de 1.100 toneladas de aço e concreto foi realizada pela WEG no próprio local de instalação. O gerador, o hub e a nacele, instalados no topo da torre de concreto, foram produzidos pela fabricante brasileira, cuja matriz e principal operação global está localizada em Jaraguá do Sul (SC). Já as pás eólicas foram fabricadas pela Aeris, em Caucaia (CE).

Segundo Ferrari, o investimento da geradora nesse projeto é de mais de R$ 80 milhões. Segundo ele, o desenvolvimento de tecnologia brasileira pode trazer benefícios socioeconômicos para diversas regiões, aumentar a competitividade do país para o fornecimento destes equipamentos no exterior e pode vir a reduzir o custo da energia gerada.

O executivo conta que além de recursos financeiros, a Engie dedicou a experiência de seu corpo técnico desde a fase de discussões e de desenvolvimento do equipamento. “Temos mais de 351 aerogeradores sendo 86 em fase de comissionamento. Até o final do semestre serão 437 equipamentos em operação”, comentou ele, mostrando a expertise da companhia para participar do desenvolvimento desse projeto.

Apesar disso, Ferrari não crava que a Engie deverá optar no futuro pelos equipamentos da fabricante brasileira. Segundo ele, ainda á necessário que a WEG tenha um track record para comprovar experiência da empresa no segmento.

“É uma possibilidade de termos a WEG, mas ainda há limitações de capacidade de produção, dos fornecedores e, principalmente, subfornecimento à empresa”, disse o executivo. “Claro que estamos participando desde o início e temos informações relevantes. Mas precisam ainda de uma frota grande de equipamentos instalados o que leva alguns anos de operação para que se coloquem no mesmo nível de aceitação como as outras. A marca é forte, mas tem que ter pelo menos mais um ou dois anos de operação e maior volume em operação”, avaliou ele.

O P&D está com previsão de terminar em fevereiro de 2023. Após esse período a Engie ficará com o protótipo fazendo os testes para o equipamento avaliando sua performance e a energia gerada será negociado no mercado livre. A vida útil desse aerogerador é de 20 anos. o pouco mais a depender das manutenções. No momento estão sendo feitos os procedimentos para a certificação, comissionamento e conexão ao SIN.