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Os leilões A-4 e A-5, que serão realizados nesta sexta-feira, 25 de maio, devem ser de baixa demanda e monopolizado por projetos que estejam para ser descontratados, na avaliação da Mercurio Partners. Em entrevista à Agência CanalEnergia, o CEO Alexandre Americano avalia que o leilão ficará voltado para usinas a gás ou térmicas a óleo que viabilizarem a conversão para gás. “Vai ser um leilão pequeno e os participantes que vão entrar mais fortes são usinas existentes que conseguiram equacionar o fornecimento de combustível, o que vai dar uma sobrevida a elas”, afirma.

Os Leilões A-4 e A-5 de Energia Existente negociarão contratos na modalidade por disponibilidade de energia proveniente de fonte termelétrica a carvão e gás natural. O preço inicial para os dois leilões será de R$ 318/ MWh. As UTEs participantes do leilão já devem existir ou então se comprometer a entrar em operação comercial antes do início do suprimento, previsto para 1º de janeiro de 2025, no caso do A-4 e 1º de janeiro de 2026 para o A-5. Os contratos valem por 15 anos.

Um ponto que, segundo o CEO da Mercurio, pode ter causado desestímulo em projetos novos no certame foi a inclusão de cláusula que permitia a distribuidora reduzir o montante contratado, dependendo de fatores de migração o mercado livre condições macroeconômicas. Haveria o risco de daqui a seis ou sete anos a distribuidora e reduzir o montante de energia contratado.

Ainda de acordo com o executivo, a empresa tem assessorado clientes que possuem interesse em entrar no mercado brasileiro e que aguardam um melhor momento. Ele lamenta que o leilão de capacidade tenha demorado para tomar forma, o que traria mais interesse. Americano vê na crise hídrica oportunidades para o setor termelétrico. Para ele, a seca que ressalta a necessidade da entrada de energia firme como a das térmicas pode suscitar o interesse do mercado em ativos dessa categoria que até então vinham sendo deixados de lado . “Crise é oportunidade”, avisa.

MP 1.031 – A inserção de 6.000 MW em térmicas a gás no país através da medida provisória que permite a privatização da Eletrobras foi criticada por Americano. Para ele, o mais saudável era uma discussão sobre a interiorização do gás e térmicas âncoras no interior para viabilizar a infraestrutura do gás que criar uma demanda na ‘canetada’, na esteira da privatização. “Foi uma discussão que veio atropelada, não se privilegiou uma análise de longo prazo estratégica”, explica. Segundo Americano, aproveitou-se um momento positivo e importante – a privatização da Eletrobras – mas a inclusão acabou por ficar fora de contexto.