O ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque prometeu para daqui a menos de 30 dias o anúncio pelo Conselho Nacional de Política Energética de normas para produção e uso do hidrogênio verde no país. De acordo com Albuquerque, o país tem tudo para ser um grande protagonista na área. “O hidrogênio aparece com uma solução promissora”, avisa. O ministro participou nesta terça-feira, 22 de junho, do painel ‘Energizando a sociedade para assegurar um crescimento bem-sucedido e sustentável’, dentro da Latin America Energy Week, promovida pela Siemens Energy.
No início de junho, o ministro já havia declarado que as diretrizes de hidrogênio seriam anunciadas, mas agora ele adiantou o prazo, já que antes a promessa era que fossem divulgadas em até 60 dias. Durante a sua fala, Albuquerque disse que o setor energético passa por uma grande transformação no mundo e que falar da energia do amanhã envolve inovação, planejamento e oportunidades para o Brasil e América Latina. Ele reforçou a matriz limpa e renovável do Brasil e a meta de ser neutra em carbono até 2050. O ministro frisou ainda a importância do aspecto tecnológico aliado aos novos negócios de um mundo mais sustentável
No painel, o ministro de Minas e Energia da Colômbia, Diego Mesa, lembrou que o país, apesar de realizar poucas emissões, está muito exposto a eventos advindos de mudanças climática. Mesa quer diversificar a matriz do país com eólicas e solares, chegando a 14% em menos de dois anos. Recentemente, foi aprovada uma lei no país que assegura a transição energética. “Há muita coisa acontecendo a Colômbia, estamos comprometidos com a redução de carbono”, explica.
Para Mesa, um dos principais gargalos na Colômbia é a transmissão de energia. A região Norte do país tem potencial eólico, mas é uma área que precisa se interligada ao resto do sistema. As LTs passam por terras indígenas , o que requer consulta e tempo. Há quatro projetos em curso que necessitam dessas conexões. Ainda segundo Mesa, as pessoas na Colômbia estão prontas para apostar em novas tecnologias, já entendendo que elas são viáveis e mais competitivas que as formas tradicionais. “Estamos vivendo uma mudança de mentalidade que já está funcionando, precisamos liberar os gargalos para continuar o processo”, avisa.