Os consumidores da Copel Distribuição vão pagar em média 9,89% a mais na conta de energia a partir da próxima quinta-feira, 24 de junho. Para os conectados em alta tensão, o efeito médio a ser percebido será de 9,57%, enquanto os da baixa tensão perceberão um aumento de 10,04%, em média.

O aumento é resultante da revisão tarifária aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Os itens que mais contribuíram para o resultado foram transporte de energia, com 4,15%, e encargos setoriais, com 3,66%.

Outros fatores contribuíram para evitar um índice mais elevado.  A tarifa foi amortecida em 3,14%, pela reversão de valores da Conta Covid transferidos à concessionária, e em 2,12% pela reprogramação do pagamento de custos de transmissão. Outro item com peso importante foram créditos tributários de PIS e Cofins (R$ 702 milhões) incorporados ao cálculo, que tiveram impacto redutor de 6,50%.

A Copel tem um valor total aproximado de R$ 5,697 bilhões em créditos na Receita Federal, relativos a tributos pagos indevidamente e reconhecidos em decisão judicial transitada em julgado. A Copel já contabilizou esse valor como um ativo, que deve ser recuperado pela compensação no pagamento de impostos em até cinco anos, e, se necessário, com recebimento de precatórios do governo federal.

Cocel

A Aneel também aprovou a revisão tarifária da Companhia Campolarguense de Energia, com aumento médio a ser percebido pelos consumidores de 10,64%, sendo de 14,08%, em média, para os conectados na alta tensão e de 8,52%, em média, para os de baixa tensão. O resultado da distribuidora paranaense será aplicado a partir de 29 de junho.