O resultados dos leilões A-4 e A-5, realizados nesta sexta-feira, 25 de junho, tiveram como destaque o forte deságio, que ficou em 52,47% no A-4 e 45,79% no A-5. O Custo Variável Unitário da UTE Cubatão, de propriedade da Petrobras e que nos dois certames viabilizou contratos, caiu da casa dos atuais R$ 350/MWh para R$ 178,27/MWh. ”Uma redução substancial no custo variável do despacho futuro dessas usinas”, explicou André Patrus, gerente-executivo da secretaria executiva de leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica, em coletiva aos jornalistas após os leilões.

A redução no CVU também foi destacada pelo presidente do Conselho da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Rui Altieri. De acordo com ele, esse CVU vai beneficiar não só os consumidores das distribuidoras que compraram energia da usina, mas também todo o sistema. Antes ela começava a despachar com o custo marginal a R$ 350/ MWh e agora será quando o custo estiver em R$ 178,27/MWh, bem antes. ‘Todo o sistema se beneficia dessa energia mais barata”, avisa. Altieri também deu destaque a oferta de ovos projetos nos certames.

O diretor da Empresa de Pesquisa Energética, Erik Rego, ressaltou que os leilões tinham aspectos de inovação. Esse foi o primeiro de energia existente com antecedência de quatro e cinco anos que permitiu retrofit do gerador, além de não haver limite para a declaração de inflexibilidade. Para o A-4 foram habilitados 22 GW, com 13 GW de novos projetos, que representaram 59% do total. No A-5 foram 27,2 GW habilitados, sendo que 18 GW eram novos, que chegou a 67%.

Este ano, ainda serão realizados leilões A-1 e A-2 de energia existente. No próximo dia 30 acontece o leilão de LTs. Em julho é a vez dos leilões de energia nova.