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A distribuidora de equipamentos fotovoltaicos do Grupo All Nations, Win Energias Renováveis, acaba de anunciar mais um aporte milionário para compra de equipamentos e estoque para atender o crescente mercado de energia solar no Brasil. O primeiro investimento de R$ 80 milhões aconteceu no final de 2020 e o segundo em 2021 com mais R$ 80 milhões já soma um total de R$ 160 milhões.
O aporte é capital próprio dos acionistas do grupo e faz parte do plano estratégico da organização de ampliar a presença no mercado nacional de geração distribuída e abastecer as empresas integradoras e distribuidoras regionais do Brasil que desenvolvem projetos fotovoltaicos em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais.
A diretora comercial da Win Energias Renováveis e coordenadora estadual da Absolar no Rio de Janeiro, Camila Nascimento, o valor já foi aplicado. Cerca de 75% dos equipamentos são importados da China, como módulos inversores, fator que vem impactando um pouco a estratégia comercial da companhia, por conta da variação do câmbio, alta no preço dos metais e a crescente procura no mercado internacional.
“Isso impactou um pouco os projetos. Estou com o estoque com o dólar mais caro. Acontece isso, são os riscos da importação”, diz a executiva.
Por outro lado, a resposta da companhia frente às oscilações de preço e à crise econômica causada pela pandemia é respaldada pelos resultados do primeiro trimestre deste ano, quando o faturamento no período superou em 55% todo o volume de vendas registrado ao longo de 2020.
Logística
Outro problema que a empresa enfrenta atualmente é a questão da entrega dos produtos e frete, já que a pandemia atrapalhou muito o comércio internacional, além de problemas com frete e até falta de navios e atrasos nas entregas.
“A gente sofreu muito no final do ano com a falta de despacho dos navios, falta de contêineres. O mercado internacional é muito instável, os fretes internacionais subiram absurdamente. Temos frete por contêiner atualmente por US$ 10 mil, quando no passado, em 2020, no auge da pandemia a gente chegou a pagar US$ 700”.
O resultado é que esse custo acaba sendo repassado ao custo no preço do gerador. Mesmo assim, isso não tem limitado os negócios. Nos últimos 12 meses, a empresa forneceu equipamentos fotovoltaicos para mais de 3,3 mil projetos de energia solar em telhados e pequenos terrenos no País.
“Em 2021, até o mês de maio, a gente já tinha vendido o que tínhamos vendido em 2020 inteiro. Nossa meta é vender três vezes mais do que no ano passado”, calcula.