A previsão inicial para as vazões no país em julho começa com indicadores abaixo da média de longo termo. O mais elevado é o Norte com energia natural afluente em 80%. Em seguida vem o Sudeste/Centro-Oeste com 63%, o Sul com 53% e o Nordeste com 43% da média histórica de longo termo.
Conforme apontado ainda na quinta-feira, primeiro dia da reunião Mensal do PMO de julho, o ONS indica que a situação hídrica continua a pressionar o país. Tanto que a maior parte das bacias nos submercados apresentam pouca ou nenhuma sinalização de chuvas nas próximas duas semanas. Entre eles estão os rios no submercado SE/CO. No Sul, a estimativa é de chuvas na primeira semana, mais concentrado nesses primeiros dias. No Norte e Nordeste não há previsão de precipitações e, por isso, as vazões nas UHEs seguem no sentido de recessão.
A previsão é de que o nível de reservatórios do SE/CO encerre julho com quase um quarto da capacidade total, 26,6%, sendo a situação mais crítica do país. No sul é estimado índice de 42,6%, no NE é de 53,6% e no Norte a situação menos pressionada, com 80,2% no dia 31 do próximo mês.
Conforme revelado, a carga é estimada em crescimento de 4,7%. E o Custo Marginal de Operação médio está no seu mais elevado patamar em muito tempo. O valor equacionou em todos os submercados em R$ 944,55/MWh, resultado de uma estimativa de carga pesada em R$ 958,41, média em R$ 951,45 e leve em R$ 930,43/MWh.
A previsão de despacho térmico é de 13.571 MW médios, a maior parte, logicamente, dentro da ordem de mérito, com 9.692 MW médios, 3.782 MW médios por inflexibilidade. Mas é bom lembrar que está vigente o comando do CMSE que permite geração térmica fora da ordem de mérito por conta da crise hídrica.
Clima
O próximo trimestre em termos de climatologia confirma que o fenômeno La Niña terminou. Contudo, mais para o final do ano há uma chance de que ocorra novamente, apesar de ainda ser cedo para ter uma visualização mais concreta da retomada desse efeito causado pela diminuição das temperaturas da superfície do mar na costa da América do Sul.
Atualmente, apresentou o ONS, a região apresenta anomalias classificadas como ligeiramente positivas. Mas a previsão trimestral aponta uma possibilidade de que as anomalias negativas voltem. Contudo, ressaltou que não é possível cravar esse retorno, mas que é possível a ocorrência.