A energia solar distribuída acaba de atingir a marca histórica de 6 GW de potência instalada entre telhados, fachadas e pequenos terrenos de residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil, o que equivale a mais de um terço de toda a capacidade da hidrelétrica de Itaipu, aponta o mais recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

De acordo com a entidade, o país possui atualmente mais de 518 mil sistemas fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia para mais de 652 mil unidades consumidoras. Vale lembrar que a fonte atingiu a capacidade de 9 GW no começo do mês e pode gerar R$ 140 milhões em novos aportes. Desde 2012 foram mais de R$ 30,6 bilhões em investimentos acumulados e mais 180 mil empregos criados no período.

Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil continua atrasado no uso da geração própria de energia solar. Dos mais de 87 milhões de consumidores menos de 0,7% fazem uso do sol para produzir eletricidade limpa e renovável, presente em mais de 5.300 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são Minas Gerais (1.066 MW), São Paulo (752 MW), Rio Grande do Sul (743 MW), Mato Grosso (450 MW) e Paraná (341 MW).

Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 75,2% do total de conexões. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (15,2%), consumidores rurais (7,0%), indústrias (2,2%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).

Na potência instalada os clientes residenciais também lideram o uso da energia fotovoltaica, com 40,7%, seguidos de perto pelas empresas dos setores de comércio e serviços (36,6%), consumidores rurais (13,2%), indústrias (8,3%), poder público (1,1%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%).