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Com foco nos segmentos de energia, gás, smart cities e água, o conglomerado de infraestrutura InverGroup investiu R$ 500 milhões no primeiro semestre de 2021 na compra de 29 empresas e estuda a aquisição de outras duas empresas até o fim do ano.

A holding já controla 55 companhias, sendo 12 atuando especificamente no setor de energia em eficiência energética e softwares de gestão. Hoje as empresas subsidiárias prestam serviços a operadoras como Energisa, CPFL, Neoenergia, Equatorial, entre outras e o objetivo é oferecer uma gama de serviços aos parceiros e clientes, além da internacionalização dos braços da companhia, já que o foco é o mercado da América Latina.

“São empresas de médio porte que poderiam agregar ao portfólio e que tem uma sinergia dentro dos segmentos de energia, água, gás e smart cities, além de empresas que fazem parte da cadeia de suprimentos”, diz Henrique Costa, membro-conselheiro do InverGroup e um dos fundadores do grupo.

Segundo Costa, o investimento em um contexto de incertezas na economia e na política é por conta do otimismo do grupo nos setores em que atua, já que as concessão de iluminação pública, a Nova Lei do Gás, o Marco do Saneamento e privatizações, como a da Eletrobras, trazem perceptivas aos segmentos que a o grupo ataca.

O executivo lembra que esse crescimento se deu pela complementaridade do portfólio, já que “são empresas conectadas nos mesmos mercados e segmentos ou com alguma interface na cadeia de suprimentos”.

O grupo também comprou duas empresas concorrentes de menor calibre, que foram agregadas ao portfólio pela maior participação de mercado, mas também pela complementaridade de produtos e serviços. A multinacional agora está num processo de integração dessas novas companhias à cultura do InverGroup. A ideia é centralizar o compartilhamento das informações das empresas que compõem o grupo no Centro de Serviços Compartilhados (CSC) que estão criando na cidade de Americana (SP).

“Para o segundo semestre, vamos estar com um braço também em incubadoras, aceleradoras, startups e novas soluções ao mercado”Henrique Costa, membro-conselheiro do InverGroup

Potencial
Esse expressivo crescimento do InverGroup é uma tendência que vem sendo sentida na economia brasileira. Segundo dados da consultoria KMPG, o mercado de fusões e aquisições segue aquecido desde 2020 e uma pesquisa realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira revelou que o primeiro trimestre de 2021 registrou um recorde no número de fusões e aquisições dos últimos 20 anos. Foram fechados, neste período, 375 negócios, sendo que a maioria deles (244) foi realizada entre empresas brasileiras.

O grupo consegue surfar nesta onda porque tem capital próprio para aquisições e o atual contexto é propício para pagar barato em companhias que podem futuramente ter um melhor desempenho. “Comprar uma empresa que tem um super lucro, que está super organizada, líder de mercado, você vai pagar um preço muito maior”. O executivo acredita que pelo conhecimento de mercado, o grupo será capaz de transformar o potencial dessas empresas em negócio.

Costa diz que algumas dessas empresas compradas pelo grupo têm problemas de gestão e outras necessitam de apoio financeiro. Soma-se que a atual crise que o Brasil passa, intensificada pela pandemia, torna muito difícil algumas companhias resistirem sozinhas.

“Todas têm um excepcional potencial, mas nem todas estão conseguindo extrair esse potencial, por problemas de gestão, outras empresas são familiares, outras precisam de injeção de capital”, afirma.

A receita das empresas da holding neste ano deve chegar a R$ 1 bilhão e crescer, em média, 20% ao ano nos próximos cinco anos. O grupo ambiciona ainda entrar na disputa por concessões de água e iluminação pública. “Para o segundo semestre, vamos estar com um braço também em incubadoras, aceleradoras, startups e novas soluções ao mercado”, finaliza.