O consumo nacional de eletricidade chegou a 40.290 GWh em maio de 2021, o que representa uma variação de 11,7% em relação a maio de 2020. o destaque ficou com as classes industrial e comercial, com taxas expressivas de expansão, que continuam alavancadas pelo efeito base, levando o consumo total a alcançar a segunda maior taxa de expansão em toda a série histórica desde 2004, atrás apenas da taxa de abril passado. O consumo acumulado em 12 meses totalizou 488.691 GWh, expansão de 3% comparada ao período anterior.
Todas as regiões geográficas do Brasil apresentaram alta no consumo de energia elétrica em maio: Norte teve aumento de 15,2%, Sul teve alta de 13,4%, o Sudeste cresceu 12,6%, o Nordeste aumento de 9,5% e Centro-Oeste, alta de 5,1%.
A indústria, com aumento no consumo de 22,5%, que em maio de 2020 vivia o impacto das medidas de combate à pandemia da Covid-19, teve sua taxa de crescimento alavancada pelo efeito base, mas o bom desempenho da classe, que apresentou o maior consumo para maio desde 2014, também contribuiu para o resultado. O Sul, com alta de 26% apresentou a maior taxa de crescimento do consumo industrial, já o Sudeste, que subiu 23,4% contribuiu para a expansão adicionando 1.485 GWh, mais da metade do crescimento da classe, com destaque para São Paulo. Nordeste, com 22,9%; Norte, com 22,5% e Centro-Oeste, com 4,8% também cresceram.
A elevação foi disseminada entre todos os dez segmentos mais eletrointensivos da indústria, liderada por metalurgia, impulsionada por siderurgia e alumínio primário, principalmente no Pará e em São Paulo; produtos químicos, puxado pela produção de cloro-soda no Nordeste; e automotivo em terceiro, mas com a maior taxa de expansão, de 84,1%, influenciada pelo efeito base, já que o setor foi um dos mais impactados pelas medidas de combate à pandemia em 2020.
Com crescimento de 16,7%, a classe comercial registrou a maior taxa de consumo do setor desde o início da pandemia no Brasil. O setor de comércio e serviços do País tem se recuperado, apesar de ainda não ter retomado ao patamar pré-pandemia. O efeito base baixa também alavancou o consumo da classe no mês de maio de 2021, pois grande parte do comércio e serviços não essenciais se encontravam fechados no mesmo mês do ano passado. Já em maio desse ano, há a flexibilização das medidas restritivas de combate à pandemia, em grande parte do país, possibilitando o progresso do setor. Todas as regiões e estados anotaram crescimento no consumo da classe em maio. A região Norte, com alta de 24,6%, foi o maior destaque no consumo. Em seguida vieram Nordeste, com 21,7%; Sul, com 19,6%; Centro-Oeste, com 14,5% e Sudeste, com aumento de 13,7%. A maior taxa de consumo da classe no país foi registrada no Piauí, com 33,3%. Já a menor, no Mato Grosso do Sul, com 8,6%.
A classe residencial, que 1,6% de aumento no consumo, apresentou tímido crescimento em maio de 2021. A queda da taxa de distanciamento social no país caiu consideravelmente em relação ao mesmo mês do ano passado. A presença menor da população em casa contribuiu para o desempenho da classe no mês. As regiões Norte (+4,5%), Sudeste (+3,6%) e Sul (+0,9%) registraram aumento do consumo na classe. No Norte, apesar do bom desempenho da região, Amazonas e Acre apresentaram queda do consumo. os estados ainda continuam sob o efeito da inundação na região. No Sudeste, São Paulo, com aumento de 4,6%, foi influenciado pelo clima mais seco e temperatura acima da média. Já o Nordeste, com recuo de 2%, contribuiu para arrefecer o consumo de energia elétrica da classe no mês de maio. O estado de Pernambuco, que teve queda de 8,3% foi o que registrou a maior queda na região, impactado por chuvas acima da média no mês.
Influenciados pelo efeito base baixa, o mercado livre apresentou crescimento de 26,6% no consumo no mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica aumentou 4,0%. O efeito base foi atenuado na taxa mercado cativo, por este abranger a totalidade do consumo residencial, a classe de melhor desempenho em maio do ano passado.