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A Aurora Energia conseguiu recentemente a outorga de 698 MW para a fase de um projeto solar na cidade mineira de Arinos. A empresa baseada em Minas Gerais desenvolve mais de 6 GW em projetos e tem um portfólio total de mais de 8 GW. Em dezembro do ano passado, a empresa vendeu à Vale um cluster no mesmo estado, com 1.357 MW e 1.680 MW já com outorga. De acordo com Fabricio Lopes, CEO da Aurora, os planos são de investir R$ 10 bilhões até 2025 para 2,3 GW.
Hoje o executivo não pensa em inscrever os projetos da Aurora nos próximos leilões de energia. Ele espera que nos próximos três meses já consiga divulgar o nome de um parceiro para o desenvolvimento do cluster. Segundo Lopes, esse parceiro deverá atuar de modo estratégico, de modo a ter uma base de comercialização no seu portfólio. “A gente está conversando com alguns players do mercado e talvez nos próximos três meses a gente consiga ter uma definição de quem será o parceiro para os próximos clusters”, avisa.
A possível perda de descontos em tarifas que o novo modelo pode impingir as fontes renováveis é classificada por Lopes como um desafio. Ele gostaria que o incentivo continuasse e vê uma corrida em busca de outorgas solares. “Todos os desenvolvedores estão em busca de outorga, para que façam parte desse benefício”, observa. Outro ponto que ele elege como desafio e a busca por uma conexão de transmissão. Ele conta que nos estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás há uma saturação dos pontos. A Aurora tem projetos de 5 GW, mas só conseguiu conexão para 2,3 GW e com restrições. “O grande gargalo no setor é a conexão e como escoar a energia”, explica.
O projeto adquirido pela Vale já está em obras e deve ficar pronto no ano que vem. Apesar de ter muitos projetos voltados para a fonte solar, a geração distribuída não está nos planos da Aurora. Para Lopes, há complexidades com distribuidoras e clientes que a empresa não tem interesse em dominar, preferindo a geração centralizada.
O atual momento é considerado propício para o crescimento da empresa, uma vez que a energia solar, das renováveis em expansão, é a que tem representatividade menor na matriz brasileira. “Achamos que tem grande oportunidade de a solar crescer cada vez mais no quinhão da matriz brasileira e diminuir um pouco a dependência hídrica que temos “, avisa. Outro fator que
O financiamento dos projetos não deve ser um entrave para a Aurora Energia. O CEO da empresa vê o mercado com bastante liquidez nesse momento e favorável. A Aurora também atua para também estreitar relações com as prefeituras de modo a atuar na qualificação de mão de obra local.