fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
A fim de dar suporte à expansão do sistema elétrico brasileiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem modulado sua atuação para custear projetos de energia e quer focar ainda mais sua presença em financiamentos voltados para o mercado livre e em energias renováveis.
Desde 2018, quando o banco anunciou uma nova forma de apoio financeiro baseado no mercado livre, foram contratados R$ 16,3 bilhões em projetos de geração renovável e os desembolsos no período foram de R$ 11,1 bilhões. Fatores que confirmam o banco como um dos principais instrumentos de fomento para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira.
Em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia, a superintendente da Área de Energia do BNDES, Carla Primavera, e o gerente do Departamento de Energia Elétrica do BNDES, Guilherme Arantes, contaram como o banco vem mudando sua atuação na expansão da matriz elétrica brasileira.
“Temos uma estratégia de apoio à expansão das renováveis e ao mercado livre. Ou seja, a gente combina duas grandes estratégias para o setor elétrico”, diz Primavera.
A executiva lembra que no passado, a expansão da matriz se deu basicamente através dos contratos no ambiente regulado e em fontes convencionais. Todavia, hoje o Brasil vive uma realidade diferente no setor elétrico, que é a expansão no mercado livre principalmente no setor de energias limpas.
Guilherme Arantes acrescenta que há um compromisso do banco em estimular mais os investimentos nesse tipo de arranjo econômico porque há um desenvolvimento dessas fontes no mercado de capitais. Isso está previsto no Plano Trienal 2020-2022 do banco que prevê o aumento da capacidade instalada de energias renováveis em 2 GW.
Hoje, o BNDES é um dos líderes globais em financiamento e tem um modelo de contratação para geração e transmissão considerado eficiente que consegue adaptar o modelo de financiamento a toda estratégia para expansão das energias renováveis. “Desde que apoiamos nosso primeiro projeto eólico, o banco teve um papel relevante no desenvolvimento de novas tecnologias para expansão da matriz elétrica brasileira”, lembra Arantes.
Finanças verdes
Recentemente o banco anunciou o financiamento do primeiro parque híbrido do Brasil e a implantação do parque eólico Santa Martina 9, que compõe o Complexo Eólico Rio do Vento, o maior complexo eólico do mundo. Ambos projetos que testam novos conceitos regulatórios e tecnológicos e estão inseridos na agenda de transição energética e economia de baixo carbono.
“O apoio do BNDES aos projetos ilustram a estratégia do banco para o setor elétrico, combinando o investimento em fontes renováveis com o desenvolvimento do mercado livre de energia, que é o ambiente onde consumidores comprometidos com metas ESG, geradores de energia renovável competitivos e investidores em busca de ativos sustentáveis podem se encontrar”, explica Carla Primavera.
Essa estratégia segue em linha com o que está previsto no Plano Decenal de Expansão (PDE), que visa a expansão em energias renováveis já que o banco “tem entregado mais de 1 GW de energia no mercado livre por ano para o sistema”, calcula Primavera.