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O crescimento da demanda será o maior fator de risco para a segurança de suprimento de 2021, de acordo com a PSR. Na edição de junho do Energy Report, a consultoria produziu simulações que apontam que sem as ações da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética – criada pelo governo para atuar na crise hídrica – o risco de racionamento em 2021 fica entre 13,7% e 28,5%. Segundo o Energy Report, os riscos são significativamente reduzidos com as ações da Creg, considerada fundamental para o atual momento.
Ainda de acordo com a PSR, mesmo após as ações da Câmara, o suprimento de potência em 2021 ainda inspira bastante cuidado. “O risco de “atenção” na capacidade de suprimento de ponta varia de 5.6% a 8% dependendo do crescimento da demanda mesmo após as ações da CREG”, diz o Energy Report. As simulações pretendiam obter o risco de problemas no suprimento energético do Sudeste e Sul para cada futuro.
Foram simulados dez cenários. As simulações realizadas consideraram, como “caso base”, a configuração de oferta e demanda do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS de junho de 2021, que já considera a flexibilização da defluência mínima das UHE Jupiá e Porto Primavera7. A condição hidrológica – vazões e os volumes armazenados – foram atualizadas para julho.
No cenário em que não há nenhuma ação por parte da Creg, o risco de racionamento fica em 13,7%, com a normalidade do suprimento em 78,6% e atenção em 7,7%. O corte médio de demanda necessário para atingir as metas de armazenamento definidas para novembro é de 6,7% da demanda de setembro a novembro. Nos cenários onde o suprimento foi normal, a probabilidade de chegar com reservatórios entre 10 e 15% de armazenamento na região Sudeste em novembro é de 13,6%. A probabilidade de a energia armazenada na região Sudeste ser inferior a 15% é de 35%. A probabilidade desta energia armazenada ser inferior a 10% é de 21,4%.
Já no cenário de crescimento acelerado da demanda sem nenhuma ação da CREG, o risco fica em 28,5%, o mais alto. A demanda é considerada uma importante incerteza no segundo semestre. O consumo verificado no primeiro semestre foi 7% maior que o do primeiro semestre do ano passado de 2020. Ao usar um crescimento de demanda de 9%, no segundo semestre, a chance de racionamento sobe de 13,7% para 28,5%. A probabilidade de suprimento normal cai de 78,6% para 61,8% e de atenção sobe de 7,7% para 9,8%. A PSR prometeu ainda uma análise com detalhes sobre como o suprimento chegou na atual situação de degradação.