A Wheaton, fabricante de embalagens de vidro para o segmento de perfumaria e cosméticos, fechou uma parceria com a ZEG, empresa especializada na produção de energia renovável, para utilizar o biometano em substituição a parte do gás natural usado.
A companhia opera atualmente quatro fornos contínuos com capacidade de produção de 1 bilhão de frascos por ano, ou 370 toneladas de vidro por dia. Ao todo, são 23 linhas de produção, entre máquinas I.S., nos processos soprado-soprado e prensado-soprado, e prensas rotativas, no processo prensado.
Segundo o diretor comercial da Wheaton, Renato Massara Junior, 10% do gás natural usado no processo produtivo – como combustível, para alimentar as chamas dos fornos de vidro – em São Bernardo do Campo (sp) será substituído pelo biometano. Com isso, a companhia será a primeira indústria de vidro a utilizar esse combustível renovável no mundo.
“Apesar da embalagem de vidro ser 100% reciclável e reutilizada infinitamente para sua produção, ainda se consome o gás natural. Por isso, a chegada do biogás em substituição a parte do gás natural, torna o vidro um produto ainda mais sustentável. Acreditamos que o biogás, em breve, também irá se tornar economicamente mais vantajoso, contribuindo para aumentar a competitividade do vidro brasileiro no mercado mundial”, diz.
Futuramente o objetivo é que o biometano substitua ate 30% do gás natural usado no processo produtivo da Wheaton. Daniel Rossi, CEO da ZEG, explica que “a substituição do combustível fóssil na produção de vidro da Wheaton poupará a emissão de aproximadamente 7.000 toneladas de CO² em um ano, o que equivale a mais de 50 mil árvores plantadas num período de 20 anos”.
O executivo da ZEG afirma ainda que o “GasBio”, nome do produto renovável que será fornecido, é produzido por meio do reaproveitamento sustentável de resíduos urbanos em um aterro sanitário localizado em Sapopemba, distrito da Zona Leste de São Paulo, Capital.
Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), o gás natural representa 30% do custo industrial no segmento.