A Eletrobras será uma empresa mais ágil e competitiva no setor elétrico brasileiro. Foi assim que o presidente da companhia, Rodrigo Limp definiu a ainda estatal no pós capitalização. Em entrevista concedida nesta quarta-feira, 14 de julho, o executivo afirmou que a empresa continuará os investimentos de acordo com os caminhos do setor elétrico brasileiro, mercado livre de energia, expansão via fontes eólica e solar mas sem esquecer as demais.

Limp participou ao vivo do CanalEnergia Entrevista nesta quarta-feira, 14 de julho, transmitido via redes sociais, um dia após a sanção da Lei no. 14.182/2021, que autoriza a privatização da empresa. Aliás, há uma série de ações que a companhia agora tem em seu radar para viabilizar a operação e atender à expectativa de que a capitalização seja realizada em fevereiro de 2022.

São reuniões com os diversos órgãos para preparar a empresa. Entre elas está a restruturação societária com a separação da Eletronuclear que passará a ser controlada pelo governo em uma nova estatal, assim como Itaipu, cuja energia deixará de ser comercializada pela futura nova-Eletrobras. Os valores de outorgas a ser pago ao governo pela renovação do contrato de concessão das usinas, entre outras ações e estudos.

A contratação do consórcio de bancos, a precificação das ações a serem colocadas no mercado, o chamado follow on sem participação do Estado, e demais arranjos legais para a operação financeira ficará mais para o final do ano. Antes, disse ele, são necessárias as definições de quanto deverá ser pago ao Tesouro Nacional e, consequentemente, a redução da participação da União que terá menos de 50% das ações da empresa. As estimativas iniciais é de que o governo detenha cerca de 45% do capital da Eletrobras.

“Seremos uma corporação, controle pulverizado, uma empresa mais competitiva e mais ágil e com capacidade de investimento”, diz ele. “A sanção da lei foi apenas um passo, temos diversos ainda para efetivar a capitalização. São tarefas complexas e com um cronograma desafiador para chegar em fevereiro, a data estimada para a emissão das ações”, acrescentou ele.

Limp disse que para a definição do preço a Eletrobras vem trabalhando para fazer suas contratações no processo e também realizando as avaliações internas referente ao valor gerado para a companhia pelas novas outorgas. E lembrou que quem dará a palavra final sobre o processo é a assembleia de acionistas.

Durante cerca de uma hora de entrevista, o executivo abordou diversos aspectos da administração. O plano de investimentos da empresa, sua capacidade de realizar aportes ao longo dos próximos cinco anos, onde serão feitos esses aportes. Além disso, como será preparada a empresa para este que é em sua opinião o principal evento desde a fundação da companhia em seus quase 60 anos de atividade, a transferência de controle do Estado para iniciativa privada.

O presidente da Eletrobras disse ainda que deverá ser iniciado neste ano mais um programa de demissão voluntária, que a empresa chama de PDC (Programa de Demissão Consensual). Esse evento ocorreria antes da capitalização da companhia que hoje está com cerca de 12 mil empregados, um nível que se aproxima do ponto que é necessário pela companhia e suas atribuições.

A edição do CanalEnergia Entrevista com o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, está disponível em sua íntegra a todos os seguidores do CanalEnergia. Para assistir a todo o conteúdo, você  pode acessar nosso canal do You Tube, TV CanalEnergia onde poderá também acessar os outros episódios, bem como os demais programas do Grupo CanalEnergia.