A CPFL arrematou a CEEE-T, transmissora do Grupo CEEE, que foi a leilão nesta sexta-feira, 16 de julho, no processo de venda da companhia. O lance ofertado foi de R$ 2,67 bilhões, ágio de 57,13% ante o mínimo de R$ 1,7 bilhão. Se apresentaram sete proponentes, entre elas, além da ganhadora, a MEZ Energia e a CTEEP. Na primeira fase do leilão, foram classificadas as empresas CPFL, Companhia Técnica de Comercialização de Energia, da Energisa, e a MEZ Energia. Diferentemente dos certames de transmissão da Aneel, esse classificaria as três primeiras para segunda etapa em viva voz obrigatória.
O leilão de hoje pode ser considerado uma continuação da privatização da empresa de energia que reunia sob o grupo atividades de geração, transmissão e distribuição, esta última negociada pelo lance mínimo de R$ 100 mil pela Equatorial. Agora o próximo passo é o de privatizar os ativos de geração de energia da companhia para que o Estado do Rio Grande do Sul deixe totalmente a atividade de energia.
A CPFL que já possui duas distribuidoras no Estado assumirá a CEEE-T que possui 56 subestações, que somam potência instalada própria de 10,5 mil MVA, e opera outras 18 unidades. A empresa também é responsável pela operação e manutenção de 6 mil km de linhas de transmissão (5,9 mil km próprios) e mais de 15,7 mil estruturas (quase 15,3 mil próprias). A rede da empresa está espalhada por todo o estado.
Foram vendidas lote único de 6.381.908 ações de emissão da transmissora que são de propriedade da CEEE-par. Essa concessionária é a oitava maior em RAP do país segundo a resolução homologatória nº 2.725/2020, para o ciclo 2020-2021 da Aneel. O valor é de R$ 868 milhões. O patrimônio líquido em 30 de junho de 2020, era de cerca de R$ 2 bilhões.