A Neoenergia terminou o segundo trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 1 bilhão, aumento de 137% na comparação com o mesmo período de 2020. No acumulado do ano, o resultado é de pouco mais de R$ 2 bilhões, o dobro dos R$ 999 milhões dos seis meses de 2020. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no trimestre somou R$ 2,3 bilhões, alta de 108%. Na base semestral a alta foi de 74%, para R$ 4,6 bilhões.
Já a receita da companhia foi a R$ 9,5 bilhões no trimestre, volume 45% maior e a R$ 18,1 bilhões em seis meses, alta de 36%. A margem bruta aumentou 58%, a R$ 3,2 bilhões no trimestre e 45% no semestre, a R$ 6,4 bilhões.
Houve lucro em todas distribuidoras controladas. Na Coelba foi de R$ 420 milhões, R$ 157 milhões na Celpe, R$ 136 milhões na Cosern, R$ 146 milhões na Elektro e mais R$ 59 milhões na Neoenergia Distribuição Brasília, assumida em 2 de março. As empresas atendem a mais de 15 milhões de clientes, o equivalente a uma população superior a 37 milhões de pessoas.
A energia injetada totalizou 37.208 GWh no primeiro semestre do ano e 18.702 GWh no 2T21, aumento de 23,7% comparado ao 2T20, desconsiderando a Neoenergia Distribuição Brasília, incorporada em março de 2021.
No segmento de geração eólica, a geração ficou em 807 GWh no acumulado do ano, volume 23,54% acima do reportado no mesmo período do ano anterior. Um dos motivos, explica a empresa, é a maior incidência de ventos. A disponibilidade no trimestre foi de mais de 97%. Os investimentos nessa divisão somou R$ 691 milhões de janeiro ao fechamento de junho.
Outro destaque dado é a antecipação das obras da usina solar Luzia. A construção do novo projeto foi iniciada em maio desse ano, com previsão de operar comercialmente em 2022. Serão instalados dois parques no Sertão da Paraíba, com capacidade instalada de 149,3 MWp, totalmente voltada ao mercado livre. O empreendimento marca a estreia da Neoenergia na geração fotovoltaica centralizada e possui sinergia operacional com outros negócios da companhia na região, em eólica e transmissão.
O investimento no ano soma até o fechamento de junho R$ 3,5 bilhões, aumento de 51% na comparação com o ano de 2020, grande parte em decorrência do avanço de projetos de transmissão e geração eólica. Apesar disso, os aportes em distribuição são os mais elevados com R$ 1,8 bilhão, sendo a maior parte na expansão de redes. Em Transmissão, a empresa investiu R$ 986 milhões no semestre, um acréscimo de R$ 380 milhões contra o mesmo período do ano anterior.
A Neoenergia possui 4 GW de capacidade instalada em geração, sendo 88% de energia renovável, e está implementando mais 1 GW com a construção de novos parques eólicos. Em transmissão, são 1.215 km de linhas em operação, e 5,4 mil km em construção, já considerando o lote arrematado no leilão de dezembro de 2020.