A Eletrobras informou na última sexta-feira, 23 de julho, que Eletronuclear declarou o consórcio composto por Ferreira Guedes, Matricial e ADtranz vencedor da licitação que marcará a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3, no âmbito do Plano de Aceleração do Caminho Crítico. O lance vencedor foi de R$ 292 milhões, o que representa um deságio de aproximadamente 16% em relação ao valor de referência estabelecido pela Eletronuclear.

Segundo comunicado, a partir do dia 26 de julho, o licitante que manifestou a intenção de recorrer, tem cinco dias úteis para apresentar as razões do recurso, ficando os demais intimados para, caso queiram, apresentar contrarrazões em igual número de dias. Após o fim da fase recursal da licitação, as empresas integrantes do consórcio vencedor serão submetidas a uma avaliação de compliance, antes de o processo ser encaminhado à autoridade competente para homologação. Em seguida, as companhias devem ser convocadas para assinar o contrato num prazo de 10 dias úteis, prorrogável por igual período. Depois da assinatura, iniciarão a mobilização do canteiro de obras de Angra 3, de forma que a construção da usina possa ser reiniciada ainda em 2021.

Entre as principais medidas que constam no Plano de Aceleração do Caminho Crítico está a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3. Além disso, será feita uma parte importante da montagem eletromecânica, que inclui o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste do semipórtico. O índice atual de conclusão da construção de Angra 3 é de 65%. A Eletronuclear prevê que a usina entre em operação em novembro de 2026.