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Com previsão de R$ 1 bilhão em investimentos até 2025, a Cemig SIM – subsidiária do grupo Cemig para inovação em Geração Distribuída – quer até lá 250 MW em fazendas solares no estado. A empresa, que já tem 47 MW instalados, pretende até o ano que vem, investir R$ 500 milhões. e inaugurar mais quatro usinas no segundo semestre. De acordo com o Diretor de Negócios e Finanças, João Paulo Campos, a empresa quer até o fim do ano dobrar os 42 MW instalados em 2020. A empresa está com um Processo de Manifestação de Interesse para buscar desenvolvedores de projetos para auxílio no cumprimento das metas para 2021/2022.

O mercado mineiro tem sido escolhido por muitas empresas do setor para a instalação de usinas de GD compartilhada. Campos aposta na tradição, na qualidade dos serviços e no nome da Cemig no estado como diferencial no mercado na conquista por clientes. A empresa também busca oferecer um atendimento mais próximo ao cliente, com uso da digitalização. “São pilares voltados para credibilidade, atendimento, agilidade e o digital”, avisa.

A Cemig SIM já tem mais de quatro mil clientes desde a fundação em 2019. O principal modelo de negócio envolve a GD fotovoltaica compartilhada. O pensamento é que a empresa deve acompanhar o movimento de modernização do setor. “O objetivo principal hoje é fomentar e evoluir esse mercado de energia por assinatura”, observa. A qualificação da mão de obra e a expertise no setor também é considerada como mais um fator que pesa na contratação, pelo fato de muitas empresas não alcançarem o nível ótimo em projetos apresentados. “A gente percebe que a mão de obra qualificada e os projetos bem estruturados têm sido um diferencial nesse mercado, porque ele tem uma série de novos entrantes com um nível de preparação um pouco abaixo”.

O perfil da maioria dos clientes da empresa é de consumidores comerciais de pequeno e médio porte com tíquete médio de consumo de energia em torno de R$ 3 mil. Já no segmento residencial, esse tíquete é reduzido. Segundo Campos, durante a pandemia, o uso da GD acabou sendo uma alternativa para os empresários, que com baixo volume de vendas, conseguissem manter seus negócios de pé. A Cemig SIM também avalia projetos de GD utilizando como fonte de energia o biogás.

Ainda segundo João Campos, a crise hídrica acabou por se tornar uma grande oportunidade de negócios para a empresa. A adoção e o posterior reajuste da bandeira vermelha patamar 2 que vieram na esteira da seca levaram os clientes comerciais à GD. Para o executivo, a procura aumentou muito nesse período e o papel da GD é exatamente esse, de opção nesse momento. “A GD é uma ou a melhor alternativa em relação a crise hídrica que estamos vivendo”, aponta.

O novo marco da GD, que está tramitando no Congresso Nacional, é bem vista pelo diretor da Cemig SIM. A empresa é favorável à manutenção da regulação, desde que se observe o papel das distribuidoras no mercado, de modo que não se cause um desequilíbrio. Para Campos, o que está sendo discutido no PL 5.829 é totalmente factível para o mercado de GD no futuro. “A gente vê o PL como uma alternativa concreta para a longevidade do mercado, mantendo um equilíbrio no setor”, avalia.