A Enel Distribuição Rio reportou um prejuízo de R$ 15,7 milhões no primeiro semestre de 2021, revertendo o resultado de um ano antes que tinha sido de R$ 49,5 milhões. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 226,8 milhões, retração de 47%.

A concessionária aponta que essa queda do resultado operacional deve-se, principalmente, ao impacto negativo da Lei Estadual 8.769/20, que proibiu o corte de energia dos clientes inadimplentes, além de aumento nas despesas operacionais. Com isso, houve elevação da provisão para créditos duvidosos. O incremento dessas despesas foi parcialmente compensado pelo crescimento do faturamento.

A receita bruta apresentou aumento de 21,5%, refletindo principalmente o crescimento de 2,6% no volume de energia fornecida no período e o reajuste tarifário médio entre os períodos (+6,02%), aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em março de 2021.

O volume de energia vendida e transportada pelas redes da empresa aumentou 2,6%, para 5.735 GWh. Os indicadores de qualidade apresentaram melhoria, o DEC ficou em 10,18 horas e o FEC em 5,71 vezes, reduções de 7,1% e de 16,8%, respectivamente. As perdas aumentaram para 23,5%, 1,53 ponto porcentual a mais quando comparado ao fechamento de junho de 2020. Segundo a empresa, essa piora nas perdas é explicada pela postergação do faturamento de clientes livres em razão da resolução Aneel nº 863/19.

Os investimentos aumentaram 11,4%, para R$ 445 milhões e a dívida líquida da companhia subiu 14,5%, para quase R$ 4,3 bilhões.