Durante teleconferência com investidores, os executivos da WEG comemoraram o bom resultado da companhia no segundo semestre de 2021, mas alertaram que o aumento de custos deve pressionar margens de custos da WEG nos próximos trimestres.
A empresa vem notando que os custos das matérias-primas vêm subindo desde o segundo semestre de 2020 e no Brasil esses aumentos vem ocorrendo principalmente nas matérias-primas indexadas ao câmbio. No mercado externo, as chapas de aço e cobre têm contribuído para elevação dos preços.
Segundo o diretor administrativo-financeiro da WEG, André Rodrigues, esses aumentos podem causar uma defasagem temporária nos resultados de curto prazo, “porém, a estrutura de custos de materiais é muito parecida para todos os concorrentes e como os principais itens são commodities globais, o impacto é parecido para todos na indústria”.
Rodrigues acrescenta que essa pressão sobre as margens também está ligada à mudança de mix de produtos vendidos, “principalmente com a volta do negócio de geração eólica [que tem uma margem menor do que a média dos outros negócios] e isso deve trazer pressão para as margens nos próximos trimestres. Por outro lado, a aceleração da demanda no mercado externo e a melhora gradual da carteira de ciclo longo sinalizam um segundo semestre positivo”, diz.
O executivo não revela quando desse impacto nas margens de lucro são do aumento de custos e quanto se deve à mudança de mix, mas o executivo acredita mesmo assim que o ano de 2021 vai apresentar margens operacionais saudáveis.